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5 sintomas de pólipo no útero para se atentar e procurar o ginecologista

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Atualizado em 30.06.22

Anualmente, a visita ao ginecologista é importante para manter a saúde feminina em dia. É nela que podem ser constatados alguns problemas, como o pólipo no útero. Para explicar mais sobre esse tema, confira o que disse o doutor Gilberto Nagahama, obstetra, ginecologista e consultor do Programa Parto Seguro do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”:

O que é o pólipo no útero

Segundo o doutor Gilberto, “pólipo uterino, também conhecido como pólipo endometrial, envolve pequenas formações originadas de crescimento irregular de células do endométrio”. O ginecologista comentou que “as causas ainda não foram esclarecidas por completo, mas há uma relação com os hormônios estrogênio e progesterona”. Gilberto também ressaltou que são lesões benignas, com baixo potencial para malignidade.

5 sintomas mais comuns de pólipo no útero

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O ginecologista citou os principais sintomas associados ao pólipo no útero. Confira quais são:

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  • Ciclos menstruais irregulares;
  • Aumento do fluxo menstrual;
  • Infertilidade;
  • Cólica menstrual mais intensa;
  • Sangramento na relação sexual.

O doutor Gilberto ressalta que estes são, “sem dúvidas, os sintomas mais comuns” e que, portanto, se você está sentindo algum desses sintomas, vale à pena marcar uma consulta no seu ginecologista de confiança.

O que o pólipo pode causar

O ginecologista comentou brevemente sobre possíveis problemas, complicações e consequências de pólipos não tratados. Alguns são graves, enquanto outros prejudicam apenas a rotina. São eles:

  • Câncer: “A maior complicação direta do pólipo é o risco, mesmo baixo (1% a 3%), de se estar diante de um câncer e não saber disso. Então a mensagem que fica é que todos os pólipos devem ser retirados, independente da paciente apresentar sintomas ou não”, explicou.
  • Anemia: Segundo Gilberto, “devido ao aumento de fluxo e irregularidade menstrual”.
  • Indisposição: “Pode aumentar a falta ao trabalho ou estudos devido à intensa cólica”, Comentou o ginecologista.
  • Infertilidade: Gilberto explicou que “pólipos não retirados podem contribuir para a infertilidade, pois dificultam a fixação do embrião no endométrio”.

O doutor ressaltou que “todo pólipo endometrial/uterino precisa ser investigado do ponto de vista histológico, ou melhor, celular.” Continue a leitura para saber mais sobre o tratamento do problema.

Tratamentos para o pólipo no útero

O doutor Gilberto deixou claro que “não existe um consenso ainda sobre os melhores tratamentos para pólipo endometrial”. No entanto, o mais recomendado e adotado pelos ginecologistas é a histeroscopia para polipectomia (a retirada dos pólipos). Confira mais detalhes:

Histeroscopia para polipectomia

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“A histeroscopia para polipectomia (retirada do pólipo) parece ser o tratamento de escolha, visto que além de retirar a lesão também oferece a possibilidade de avaliar o pólipo do ponto de vista celular e descartar as possibilidades de malignidade”, explicou o ginecologista.

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Regressão natural do pólipo

“É muito discutível se os pólipos endometriais podem ser expelidos na menstruação, porque eles podem ser pequenos e regrediram a ponto de não serem mais visualizados no ultrassom ou realmente poderiam sair junto ao conteúdo menstrual. É muito difícil de comprovar, pois, precisaria que o material pudesse ser analisado em laboratório para sua confirmação, o que geralmente não é feito”, citou Gilberto.

Acompanhamento ultrassonográfico

Segundo Gilberto, “consiste no controle rotineiro de pólipos menores, que não afetavam a paciente, mas foram identificados em um exame de rotina”.

Como você pode ler, o pólipo no útero precisa ser investigado e retirado, de forma a prevenir a possibilidade de se tornar uma lesão maligna. Agora, aproveite e confira também a matéria sobre menstruação rosa.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Escritora com 8 livros publicados e apresentadora de um programa de rádio sobre literatura nacional, o Capivaras Leitoras. Ama ler, viajar e passar um tempo com a Buffy, sua cachorrinha vira-lata.