Bem-estar

Reações de vacinas em bebês: descubra quais são elas e como amenizá-las

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Atualizado em 15.09.23

Para garantir a saúde dos pequenos, a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda uma série de vacinas que devem ser realizadas nos primeiros 12 meses da criança. Embora possam oferecer reações desagradáveis, as vacinas são fundamentais para a saúde da criança. Com informações da Dra. Simone Holzer, pediatra do Hospital América de Mauá, conheça mais sobre a reação de vacinas em bebês.

Quais são as reações mais comuns causadas pelas vacinas nos bebês?

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Em geral, cada criança tem uma resposta particular e uma sensibilidade diferente para cada uma das vacinas. Confira quais são as reações que podem acontecer.

  • BCG (dose única ao nascer): conforme o Dr. Clay Brites, pediatra e neurologista infantil do Instituto NeuroSaber, a vacina BCG-ID pode causar eventos adversos locais, regionais ou sistêmicos, que na maioria das vezes são decorrentes do tipo de cepa utilizada. Os efeitos que podem ocorrer são locais e regionais, como úlcera (ferida com diâmetro maior que 1 centímetro) que demora para cicatrizar e presença de linfadenopatia regional (gânglios). Além disso, a BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica no local em que foi aplicada.
  • Hepatite B (ao nascer, 2 e 6 meses): podem acontecer manifestações locais e sistêmicas. As mais comuns são dor e enduração no local da injeção. Outros sintomas que podem estar presentes são febre nas primeiras 24 horas após a vacinação, fadiga, tontura, irritabilidade e desconforto gastrointestinal leve. Raramente ocorrem reações alérgicas graves.
  • Tríplice bacteriana (2, 4 e 6 meses): a vacina pode provocar vários eventos adversos, especialmente por causa do componente pertussis. Os efeitos, que ocorrem geralmente entre as primeiras 48 a 72 horas, são febre baixa a moderada (principalmente na primeira dose), irritabilidade, vermelhidão, dor e inchaço no local da aplicação.
  • Haemophilus influenzae tipo b (Hib) (2, 4 e 6 meses): a vacina Haemophilus é dada em uma vacina combinada, a Pentavalente. Sua aplicação pode levar aos mesmos efeitos colaterais da Tríplice bacteriana, febre de até 39 graus e desconforto no local da aplicação.
  • Pneumocócica conjugada (2, 4, 6 e 12 meses): dor, edema, vermelhidão, nódulo no local da injeção e irritabilidade são muito comuns com esta vacina. Também podem ocorrer, menos frequentemente, falta de apetite, sonolência e febre. Não há motivos para grandes preocupações: essas manifestações são leves e transitórias. Episódio hipotônico-hiporresponsivo e reações alérgicas, por outro lado, são raros.
  • Rotavírus (2, 4 e 6 meses): o pediatra Clay Brites explica que essa aplicação pode trazer os mesmos sintomas da poliomielite. Além disto, pode levar a febre, fraqueza, irritabilidade, perda de apetite e vômitos nas primeiras 48 horas. Devem ser aplicadas duas ou três doses, de acordo com o fabricante.
  • Poliomielite (2, 4 e 6 meses): conforme ressalta a médica Simone Holzer, há 2 tipos de vacina para a poliomielite: a VOP de vírus atenuado (oral) e a VIP de vírus inativo (injetável). No caso da vacina injetável pode ocorrer vermelhidão, endurecimento e dor no local da aplicação; febre moderada raramente. Já a vacina oral em geral é bem tolerada e raramente está relacionada a evento adverso, mas há chances de o bebê ter reações alérgicas, como urticária e erupções na pele com coceira.
  • Meningocócica conjugada (3, 5, 7 e 12 meses): nesse caso, os sintomas poderão acontecer especialmente nas primeiras 72 horas após a aplicação. São eles: edema, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite, irritabilidade, sonolência, febre e dor muscular.
  • Meningocócica B (3, 5, 7 e 12 meses): as reações mais comuns são sensibilidade e eritema no local da injeção, febre e irritabilidade. Febre alta com duração de 24 a 48 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Outros efeitos incluem a perda de apetite, sonolência, choro persistente, irritabilidade, diarreia, vômitos e dor de cabeça.

É interessante observar se a criança apresentar algum sintoma diferente desses mencionados. Conforme o Dr. Clay Brites, pediatra e neurologista infantil do Instituto NeuroSaber, as reações mais incomuns são as de caráter neurológico, enquanto a Síndrome de Guillain-Barré, neuropatias e crises convulsivas são ocorrências raras. Outros efeitos que podem acontecer são choro inconsolável, episódio hipotônico-hiporresponsivo (perda de força e da consciência), convulsões febris e anafilaxia.

Como prevenir ou amenizar as reações?

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Kyvia Richter, diretora da Clínica Imunofluminense, traz 5 dicas simples que podem ser feitas para aliviar possíveis sintomas físicos nos bebês:

  1. Após as vacinas, fazer compressa gelada na região por 5 minutos, 3 vezes ao dia, nas primeiras 24 horas.
  2. Não massagear ou comprimir a região da aplicação.
  3. Não colocar medicamentos na região.
  4. Hidratar o bebê ou criança.
  5. Ministrar antitérmico antes das vacinas (sob orientação do pediatra da sua confiança).

Vale mencionar que aplicar a vacina com o bebê mamando também proporciona conforto. Conforme a médica pediatra Simone Holzer, o leite materno possui substâncias que agem como anestésicos.

Agora que você conhece a reação de vacinas em bebês, observe e caso você identifique no seu bebê algum efeito diferente, procure o pediatra. Ele é o profissional que saberá quais medidas tomar.

Graduada e pós-graduada em jornalismo, acabou se tornando publicitária por profissão. Gaúcha, blogueira, apaixonada pela vida. Boa de garfo, cantora de chuveiro, ótima contadora de histórias, péssima contadora de piadas. Lê muito, fala muito, olha mais Netflix do que deveria.