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Os 12 maiores mitos sobre sexo

Foto: Thinkstock

Alvo de curiosidade e muito tabu, o sexo acumulou alguns mitos ao longo da história. Veja os mais comuns e descubra por que eles não são verdadeiros

Atualizado em 02.08.23
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Antes tabu absoluto, hoje já se transformando em assunto rotineiro e mais livre, o sexo é carregado de mistérios, dúvidas e, consequentemente, mitos. Para as mulheres então, a situação piora e muito.

Se falar sobre sexo já é coisa complicada, para o público feminino até pouco tempo atrás, esse era um assunto praticamente vetado e que podia trazer muitos problemas sociais para quem que se interessasse ou conversasse sobre isso.

E como tudo o que é pouco explicitado e debatido, o sexo acabou por receber grandes cargas de mitos, criados seja por religiões, pais, pessoas assustadas, enfim. A informação pouco estudada acaba se espalhando, e com o peso histórico da repetição, às vezes se torna tarefa difícil, desmitificá-la.

Alguns mitos sobre o sexo podem parecer óbvios, e outros podem realmente te impressionar. Confira alguns dos maiores mitos referentes ao sexo e porque você não deve acreditar neles:

1. Engolir esperma faz mal

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A composição do esperma é basicamente de proteína, espermatozoides e açúcares. Portanto engolir esperma não vai necessariamente te fazer mal, dar dor de barriga ou qualquer outro problema. É importante é considerar que o sexo oral, mesmo quando não se engole o esperma, pode transmitir doenças. Por isso ele é recomendado com camisinha, ou sem, se for com seu parceiro fixo e quando se há a certeza de nenhuma doença.

2. Masturbação pode causar males

Ocorrência de mais pêlos no corpo, aumento dos seios, esquizofrenia e loucura são só alguns dos mitos associados erroneamente ao ato da masturbação. Muito pelo contrário, a masturbação é uma atividade benéfica, desde que realizada de maneira saudável, e tem um importante papel na descoberta da sexualidade em homens e mulheres.

3. Masturbação pode tirar a virgindade

O conceito de virgindade pode ser interpretado de duas formas: a da relação sexual com outra pessoa ou a do rompimento do hímen. Portanto, a única maneira de uma mulher perder a virgindade com a masturbação seria no caso da ocorrência de uma penetração capaz de romper a película. Mesmo assim, o hímen varia de tamanho, de resistência e em alguns casos pouco comuns, a mulher pode até nascer sem ele. A masturbação com carícias externas e pequenas penetrações não vai tirar a sua virgindade.

4. Mulheres não podem ejacular

Não que seja a coisa mais comum no mundo, mas é absolutamente possível que a mulher ejacule. Pesquisas mostram que o corpo feminino é dotado de glândulas próximas à uretra que podem se contrair e ejacular um fluido parecido com o sêmen, no momento do orgasmo ou de grande excitação. É até possível que você já tenha passado por essa experiência e não saiba, já que, quando ocorre, a ejaculação feminina não é tão visível quanto a masculina.

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5. Sexo durante a gravidez machuca o bebê

Se for uma gestação saudável, sem riscos, o sexo pode ser feito sem problemas durante toda a gestação. Ele é até mesmo recomendado para que a mulher continue se sentindo interessante e para que ninguém tenha que fazer uma greve de sexo por nove meses. A psicóloga especialista em sexualidade humana, Sônia Eustáquia Fonseca, explica que o bebê fica dentro da bolsa amniótica que o protege, além do colo do útero:

“Não há como machucar a criança durante o sexo a não ser com um trauma abdominal. O ideal é tentar uma posição que não se apoie no abdômen da mulher, pesando-se sobre ele. Porém, no final da gravidez, é normal a mulher sentir um desconforto e é preciso tomar cuidado com os movimentos do intercurso (movimentos na penetração) para não precipitar o trabalho de parto. Em gravidez de risco, é preciso consultar o médico”, completou.

6. Não é possível engravidar durante a menstruação

Não é comum, mas nada pode garantir que você esteja cem por cento livre do risco da gravidez se fizer sexo desprotegida durante a menstruação. Qualquer disfunção hormonal ou uma possível ovulação fora de época pode te surpreender, se você confiar nessa tática. Além disso, o risco de contrair doenças também continua o mesmo.

7. Tamanho do pé ou da mão tem ligação com o tamanho do pênis

Alguns estudos científicos já comprovaram que o tamanho dos pés, das mãos ou do nariz não tem nada a ver com o tamanho do pênis. Há a ocorrência de pênis maiores em homens com mãos pequenas e vice e versa. Também já foi desmitificada a lenda que atribui tamanho de pênis dependendo da etnia, como que orientais teriam membros pequenos e africanos, grandes.

8. Coito interrompido é seguro

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Uma das mentiras mais famosas relacionadas ao sexo é a frase “Eu tiro antes”. Não que você não deve acreditar nas boas intenções do seu parceiro. O problema é que a eficácia do coito interrompido não depende unicamente das intenções do homem, além de não te proteger de nenhuma doença sexualmente transmissível. Convenhamos que o momento do gozo não é muito racional e além disso, o próprio fluido que o pênis expele antes do orgasmo já pode conter espermatozoides.

9. Não é possível quebrar o pênis

Apesar de não conter ossos, o pênis pode sofrer o que se chama de “fratura do pênis”. É que os corpos cavernosos, que são estruturas que endurecem durante a ereção, podem romper se sofrerem algum trauma. Quando flácido, o pênis pode ser dobrado facilmente, mas quando ereto, essas cavidades se enchem de sangue e perdem a elasticidade.

10. Sem penetração não há risco de gravidez

“Ao ejacular entre as coxas, em um momento de fertilidade da mulher, o muco cervical pode facilitar a entrada dos espermatozoides. Muitas vezes, quando o esperma está na borda da vagina, pode ser absorvido pelo tecido vaginal e subir o canal. É raro, mas a chance não é nula. Geralmente as mulheres muito jovens e virgens têm essa preocupação”, explica Sônia Eustáquia.

11. O homem sempre deve estar pronto para o sexo

Há uma expectativa social que muitas vezes impõe ao homem uma postura de prontidão total para o sexo. No imaginário geral, os homens pensam e estão dispostos ao sexo a todo o momento. Essa informação é um mito. “O homem nem sempre está disponível para o sexo por vários motivos e isso também varia muito de homem para homem. Os motivos ou variáveis podem influenciar nesse apetite sexual como, por exemplo, ansiedade, preocupações e depressão. A idade também pode influenciar nessa prontidão e normalmente o jovem tem maior disposição ao sexo”, explica Sônia.

12. Sexo anal é ruim

O sexo anal é carregado por diversos tabus. Entre eles estão o aparecimento de hemorroidas, que é sujo, antinatural, que só é feito por mulheres obscenas e que não dá prazer à mulher. Todas essas afirmações são falsas. A região anal é cheia de terminações nervosas e é um ponto erógeno tanto para mulheres quanto para homens. Havendo um mínimo de higiene, o consentimento e o interesse do casal, o sexo anal pode ser muito prazeroso para os dois sem te causar mal nenhum.

Formada em Jornalismo e produtora de eventos. Tem interesse por tudo relacionado à cultura, comportamento, gente e comunicação.