Dinheiro e Carreira

11 projetos de empreendedorismo feminino que buscam dar suporte às mulheres

Dicas de Mulher

Os projetos têm como principal objetivo auxiliar mulheres que buscam a autonomia financeira e querem abrir o próprio negócio

Atualizado em 19.05.23

O desejo de empreender pode surgir em diferentes fases da vida. Para algumas mulheres, o interesse acontece por já terem contato com uma área na qual se especializaram, enquanto para outras a ideia começa apenas com a vontade de fazer o que gosta, ser independente e ter autonomia financeira, por exemplo.

Ainda assim, nem sempre você sabe por onde começar e a quem recorrer, por isso é indispensável a existência de projetos que apoiem o empreendedorismo feminino. Muitos deles estão focados nas comunidades carentes, com o objetivo de permitir que mulheres, inclusive as chefes de família, possam mudar de vida.

Segundo dados do Sebrae de 2020, mulheres lideram 10,1 milhões de empreendimentos no Brasil e a participação feminina no mundo dos negócios chegou a 34%. No entanto, em 2019, as mulheres representavam 34,8% do total de empreendedores, número que foi afetado devido à crise durante a pandemia de Covid-19.

Embora essa porcentagem ainda seja pequena em termos de representatividade, pode crescer com ajuda de projetos de empreendedorismo feminino, que dão suporte para autonomia financeira, empoderamento, formação e capacitação. Diante disso, o Dicas de Mulher conversou com mulheres focadas em ajudar profissionais a empreenderem. Confira abaixo quais são esses projetos e um breve relato de suas idealizadoras.

1. Movimento Mulher 360

Margareth Goldenberg

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O Movimento Mulher 360 é independente e sem fins lucrativos, com o objetivo de acelerar o avanço da equidade de gênero no mundo corporativo, na cadeia de valor e na sociedade. Sua idealizadora é Margareth Goldenberg.

Em 2022, completa 7 anos de atuação e surgiu a partir da necessidade de unir forças para superar desafios e encontrar caminhos melhores para desenvolver e promover as mulheres dentro das organizações. Hoje são mais de 100 empresas associadas que, além de discutir o assunto, ainda trocam experiências.

“Acreditamos que ao unir esforços e trocar experiências alcançaremos a equidade de gênero muito mais rápido e teremos mais chances de construir uma sociedade mais justa e com oportunidades para todas as pessoas”. – Margareth Goldenberg

2. Soluções para empreendedores Multipotenciais

Isabele Moreira

Isabele Moreira empreende desde 2016 e passou 15 anos atuando no mercado corporativo, se sentindo um pouco perdida sobre quem era de verdade. Se interessava por assuntos e áreas diferentes, por isso não conseguia se encaixar dentro de um único setor de uma empresa, o que, no mundo corporativo, é visto como um problema e não uma qualidade.

No entanto, ela não viu isso como uma barreira, ao contrário, sentiu que poderia ajudar outras mulheres que também querem empreender e desenvolver sua multipotencialidade. Assim surgiram os cursos da Soluções para empreendedores multipotenciais.

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“Os cursos são voltados para estratégia de negócios, marketing, comunicação, desenvolvimento pessoal, abraçando todas as particularidades de cada uma das minhas alunas que buscam um ambiente de acolhimento, crescimento e sucesso, sem deixar quem são de verdade para trás. Hoje conto com mais de 11 mil alunas, de 16 países, que já passaram pelos cursos e desenvolvem seus negócios abraçando sua essência e conquistando o sucesso”. – Isabele Moreira

3. Associação Fernanda Bianchini

Fernanda é fundadora e presidente da Associação Fernanda Bianchini. O projeto se iniciou em 1995 e visa ajudar mulheres com deficiência visual através da técnica do ballet.

Mais do que dar liberdade para as alunas, a ideia é lhes proporcionar autonomia, tanto que muitas delas seguem a carreira e assumem a missão de dar aulas ou atuam em companhias de dança, empreendedoras de suas próprias carreiras.

“As bailarinas da companhia Ballet de Cegos dão um grande salto nas barreiras e dificuldades da vida. Sobem nos palcos sendo protagonistas das suas histórias. Os desafios vêm para nos tornar ainda mais fortes e resilientes”. – Fernanda Bianchini

4. A.L Digital

Aline Bak

Aline Bak é especialista e mentora em influência digital, sua empresa visa ajudar as pessoas a trabalharem seus negócios na internet, principalmente a presença nas redes sociais. Com o público feminino há um enfoque ainda mais especial, ajudar a geração de 50 anos ou mais que tem ganhado espaço como formadora de opinião.

“Gosto muito de ajudar mulheres que buscam no universo digital uma carreira home office, que permita a elas conciliar trabalho e maternidade. Como uma ávida incentivadora do público feminino, adoro oferecer suporte emocional para minhas mentoradas”. – Aline Bak

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5. Fundo Social de São Paulo

Luciana Garcia

No Fundo Social de São Paulo estão inclusas as Escolas de Beleza e Moda. Mais de 90% das alunas são do sexo feminino e mães solo. O foco está em ajudar essas mulheres a montarem seus próprios ateliês de costura e salões de beleza, de forma a conquistarem sua independência financeira. Atualmente a responsável pelo projeto é a primeira dama de São Paulo, Luciana Garcia.

“Nossas aulas são ministradas em locais onde há alto índice de vulnerabilidade social e nosso objetivo é sempre gerar autonomia e renda para cada uma das nossas alunas”. – Luciana Garcia

6. Mulheres no Corre

Ana Paula Silva é a CEO do Mulheres no Corre, um projeto social voltado a ajudar mulheres empreendedoras da periferia de São Paulo. Além de melhorar a imagem do negócio, o objetivo é permitir que elas consigam agregar mais valor aos seus produtos e serviços.

“Mais de 30 mulheres, que empreendem em diversos nichos, já foram impactadas com as fotos e vídeos, ganhando autoridade de imagem e marca – além do acesso a conteúdos de marketing, financeiro e gerenciamento de redes sociais”. – Ana Paula Silva

7. PWN São Paulo

A Professional Women Network em São Paulo tem como co-presidente Lina Nakata. O projeto tem a missão de trabalhar o equilíbrio entre homens e mulheres em posições de liderança nas organizações.

Debate, crescimento, mentorias e networking são a forma utilizada para ajudar as mulheres empreendedoras ou intraempreendedoras. O programa também é bastante cuidadoso ao selecionar tanto os mentores quanto as mentoradas e estas o avaliam a cada ciclo.

“Nosso programa de mentoring exclusivo para mulheres foi criado em 2017, com base nos programas que já aconteciam nas outras cidades da PWN Global. Estamos na sexta edição do programa, com um ciclo anual e já tivemos cerca de 100 mulheres que passaram pelo mentoring da PWN São Paulo, com mentores – mulheres e homens – que são grandes referências de mercado”. – Lina Nakata

8. Clube das Mães Empreendedoras

A servidora pública Karina Lopes é a criadora do Clube das Mães Empreendedoras, o qual, como diz o próprio nome, visa ajudar mães que, não apenas querem, como precisam empreender. Assim, elas recebem toda a orientação necessária para que seus negócios consigam visibilidade. O projeto iniciou-se em 2020 durante a pandemia.

“Além de ver essas mulheres incríveis crescendo, aumentando suas vendas e portfólio, se olhando como empreendedoras de verdade, profissionalizando seus negócios, diminuindo a cultura da “mulher que se vira”, se enxergando como profissionais, eu acredito muito em nosso lema de que ‘juntas somos mais fortes’. Eu idealizo o projeto, mas sozinha não posso executar e realizar tudo, preciso da ajuda de todas elas. E com essa união conseguimos alcançar o sucesso”. – Karina Lopes

9. Prima Donna

A primeira escola de empreendedorismo e comunicação para mães, Prima Donna, surgiu a partir da necessidade de sua criadora, Tati Fanti de se adaptar a uma nova realidade. Ela se mudou para a Alemanha, mas continuou com clientes no Brasil e, devido ao fuso horário, não conseguiu mais acompanhar todos.

Com isso ela acabou identificando uma oportunidade, ao ser procurada por mães empreendedoras brasileiras que queriam empreender, mas tinha um orçamento baixo e dificuldade na divulgação de seus projetos. Então, a Escola Prima Donna nasceu com esse objetivo, dar o conhecimento teórico e a aplicação prática de conceitos de comunicação, branding e empreendedorismo.

“É com noções de empreendedorismo e dando atenção ao desenvolvimento pessoal que uma mulher pode construir uma marca de sucesso, que a permita viver a maternidade e a vida profissional de maneira plena”. – Tati Fanti

10. Universidade Natalia Beauty

Natalia Martins é a criadora da Universidade Natalia Beauty, primeira universidade focada exclusivamente no ramo da beleza no Brasil. O projeto é voltado para ajudar mulheres que querem se profissionalizar na área de beleza e serem donas da própria empresa.

São cursos rápidos, de no máximo 4 dias que permitem à aluna sair pronta para empreender e conquistar sua independência financeira. Para participar é preciso ter entre 18 e 50 anos e, no caso dos cursos virtuais, ter acesso à internet. Outro destaque da Universidade Natalia Beauty é não precisar de um grande investimento para ter acesso às aulas.

“Recebo relatos emocionantes de mudança de vida todos os dias e transformar a vida das pessoas virou minha causa e meu combustível. Assim impactamos mais e mais pessoas e juntos vamos fazendo a diferença. Colaborar para o crescimento profissional das pessoas é um sentimento de satisfação indescritível”. – Natalia Martins

11. As donas da P*rra Toda

O Donas da P*orra Toda é um podcast que se iniciou com a ideia de falar dos desafios enfrentados no empreendedorismo, principalmente pelas mulheres. Isso lá em 2019, quando Marina Melz, uma das criadoras, já empreendia há 9 anos. Ao lado de Larissa Guerra, sua parceira no podcast, ela trouxe dicas que iam desde como se vestir até como colocar preço e negociar.

Hoje, as criadoras abordam diversos assuntos no podcast, mas Marina Melz, como empreendedora, representa e tenta ajudar, com seus relatos e com o próprio espaço, as mulheres que empreendem e precisam de dicas e até acolhimento.

“Temos uma sessão que se chama divã da empreendedora em que periodicamente fazemos episódios mostrando empreendedoras com negócios que não cabem em grandes portais porque são pequenos. Também fizemos uma série chamada O Futuro é Delas, em 2021, que entrevistou 20 mulheres empreendedoras para mostrar como os negócios criados por elas estão construindo o futuro”. – Marina Melz

Escritora com 8 livros publicados e apresentadora de um programa de rádio sobre literatura nacional, o Capivaras Leitoras. Ama ler, viajar e passar um tempo com a Buffy, sua cachorrinha vira-lata.