
Bem-estar
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Seja por tabu, vergonha ou por falta de informações, muitas mulheres não conhecem a anatomia feminina e confundem a vulva com a vagina. Por este motivo, a ginecologista e obstetra Dra. Ana Paula Mondragon (CRM 134071-SP), falou sobre o assunto e explicou as partes que compreendem o órgão genital da mulher.
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De acordo com a ginecologista, a vulva “é toda região externa e visível do genital feminino, considerada grande fonte de prazer para as mulheres”. A parte externa deste órgão é formado pelo “púbis ou monte de vênus, grandes e pequenos lábios, vestíbulo vulvar, clitóris, meato uretral, períneo e ânus”, complementa.
É comum confundir a vulva com a vagina, mas segundo a Dra. Ana Paula, “a vulva é a região externa da nossa genitália (a parte visível), e a vagina é o canal interno, que se comunica com a entrada do útero (colo do útero)”.
Agora que você já conhece a definição básica e sabe a diferença entre a vulva e a vagina, que tal conhecer um pouco mais cada parte que compõe a parte visível do genital feminino e se encantar com a funcionalidade dessa parte do corpo?
É importante que a mulher tenha conhecimento sobre o próprio corpo e saiba mais sobre cada parte que compreende o órgão genital feminino. Sendo assim, a ginecologista falou sobre cada uma. Acompanhe:
Vale frisar que não existe um padrão de beleza para a vulva, ou seja, “nenhuma vulva é igual, cada uma é de um jeito e nenhuma é melhor ou mais bonita que a outra, são simplesmente variações anatômicas e todas são normais”, pontuou a médica.
Além de realizar os exames ginecológicos periodicamente, é essencial ter conhecimento sobre as doenças mais comuns que afetam a vulva, assim como prevenção e cuidados. Então, confira a seguir mais informações sobre o assunto.
A higiene íntima é extremamente importante para evitar infecções na região, portanto deve ser limpa adequadamente para não prejudicar a saúde íntima feminina. “A vulva deve ser higienizada apenas com água ou com sabonete neutro de pH ácido (produtos veganos são uma excelente opção). Lembrando sempre que se deve higienizar apenas a região externa, nunca introduza sabonete na vagina”, orientou a profissional.
Segundo a Dra. Ana Paula, as doenças mais comuns que afetam a vulva “são as inflamatórias, como a vulvite, que é a irritação da vulva, e a vulvovaginite, que causa irritação na vulva e na vagina”. A especialista informou que as doenças causam sintomas desagradáveis, como “aumento do volume dos grandes e pequenos lábios (inflamação da vulva), vermelhidão local, corrimento que pode adquirir múltiplas cores e coceira intensa”.
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As causas para essas patologias são multifatoriais, no entanto é comum ocorrerem por micro-organismos ou por alergia a produtos. Normalmente, “a paciente possui maior sensibilidade e desconhece, por exemplo, calcinhas de tecido sintético, amaciantes, papel higiênico colorido/perfumado, sabonetes perfumados, artigos de sex shop e pelo hábito diário, como o uso do chuveirinho como ducha vaginal”. Segundo orientação da ginecologista, a melhor forma de prevenir essas patologias é dormir sem calcinha, usar calcinhas de algodão e produtos naturais para higiene local.
A labioplastia, ou ninfoplastia, trata-se de um procedimento estético realizado em consultório sob anestesia local. Segundo a ginecologista, as pacientes procuram a técnica para reduzir o tamanho dos pequenos lábios. “Em sua grande maioria, este é um procedimento estético, mas em alguns casos existem motivos clínicos que justificam esse tipo de procedimento para melhorar a qualidade de vida da mulher. Visto que algumas mulheres apresentam incômodo durante a relação sexual, ao praticar esportes e incômodo com o uso de calcinha”.
É importante que a mulher tire dúvidas sobre o assunto para quebrar o tabu da sexualidade feminina. Afinal, conhecer o próprio corpo é essencial para a autoconfiança e bem-estar da mulher.
A seguir, confira a seleção de vídeos com profissionais que falam mais sobre a vulva, doenças mais comuns e a diversidade do órgão genital feminino:
Nesse vídeo, a educadora sexual Gabriella Freidman explica em detalhes como é o órgão sexual feminino. Além disso, ela fala sobre o formato que varia de mulher para mulher e, muitas vezes, se torna motivo de insatisfação feminina.
A Dra. Laura Lúcia explica sobre as diversas lesões que podem acometer a região e sobre os perigos da automedicação. Além do mais, ela fala sobre a importância de observar a própria vulva, a fim de notar alguma anormalidade e se conhecer também. Assista ao vídeo!
Vale repensar sobre os padrões estabelecidos sobre a vulva e se a cirurgia íntima é realmente feita por necessidade ou meramente por estética. Dessa forma, a Dra. Lilian Fiorelli, especializada em sexualidade feminina, fala sobre a diversidade de vulvas, tamanhos, variações de pele e tons.
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Agora que você tem mais conhecimento sobre a vulva e as suas funções, aproveite e confira o guia do orgasmo feminino para uma vida sexual mais prazerosa.
Formada em Letras e pós-graduada em Jornalismo Digital. Apaixonada por livros, plantas e animais. Ama viajar e pesquisar sobre outras culturas. Escreve sobre diversos assuntos, especialmente sobre saúde, bem-estar, beleza e comportamento.