COLUNA

7 fatos curiosos sobre a vagina que você precisa saber

Dicas de Mulher

São muitos os tabus sobre a vagina, mas ela é um universo à parte que traz saúde, tesão e qualidade de vida

Ao contrário de nossas mães e avós, que viveram em uma época muito mais repressora, hoje temos muito mais liberdade para falar sobre nossa sexualidade e nosso corpo. Não só falarmos, mas também vermos, lermos, e estudarmos o tema – o que é indispensável para quem busca saúde íntima e sexual. Apesar disso, ainda existe uma série de enganos sobre essa parte do corpo que nos proporciona prazer, fertilidade e amor próprio. Vamos falar mais sobre a vagina? Listei 7 fatos curiosos que pouca gente sabe sobre ela.

1. Ela não é o que se vê!

Muitas pessoas confundem vulva com vagina. A estrutura externa, composta principalmente pelos grandes e pequenos lábios, é chamada de vulva – e não vagina. Vagina, de fato, é o “túnel” que liga nossa vulva ao colo do útero, o canal por onde se pratica a penetração, por onde fazemos exames ginecológicos, por onde passam os bebês… Podemos tocar nossa vagina introduzindo os dedos também, observando que ela tem texturas! Experimente e verá que existe um mundo pouco explorado ali!

Lembre-se: lave bem as mãos e utilize lubrificantes íntimos, se necessário, ok?

2. Ela pode ter “pontos de tensão”

Assim como todo nosso corpo, a vagina é contornada por toda uma estrutura muscular. Essa estrutura pode estar tensionada e, inclusive, formar “nózinhos” de tensão. Esses nódulos podem causar muita dor durante uma penetração, e devem ser cuidados por meio de fisioterapia uroginecológica.

3. Ela não causa tanto prazer como se imagina

O órgão que dá prazer à mulher não é a vagina, e sim o clitóris – uma estrutura cuja glande (a “cabecinha”) fica para fora da vagina, na vulva, logo acima da saída da uretra. É o estímulo do clitóris que nos dá prazer, e não o estímulo na vagina em si. Isso porque não temos tantas terminações nervosas na vagina para ter tanta sensibilidade assim. Se tivéssemos, seria impossível, por exemplo, ter um bebê por parto natural, pois a dor seria insuportável para o corpo humano.

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4. Ela cresce quando sentimos prazer

O canal vaginal, diante de um estímulo prazeroso, pode ir de 6 até 12 cm de comprimento, dependendo de cada uma. Isso retrai o colo do útero e prepara o corpo para uma penetração e para receber os espermatozoides no processo reprodutivo. Mas essa é uma reação biológica, pois sabemos que para nós, humanos, o sexo vai muito além da reprodução!

5. Ela pode fazer musculação!

Já ouviu falar em pompoarismo? Trata-se de exercícios íntimos que podem fortalecer a musculatura pélvica, fazendo com que nosso canal vaginal tenha força e autocontrole para segurar o xixi, no processo de dar à luz, ou para facilitar um orgasmo. Ah, mas lembre-se: o pompoarismo é uma prática que deve ser acompanhada por especialistas, como fisioterapeutas uroginecológicos, ok? Fazendo uma avaliação prévia, você saberá se pode praticar ou não.

6. Ela pode apresentar transtornos

Alguns episódios traumáticos, ou mesmo vergonha e medo de sexo podem levar a vagina a se retrair diante de um ato sexual. Ela pode contrair os músculos e se fechar toda para o ato, ou mesmo torná-lo muito doloroso por conta dessa tensão. Nesse caso, podemos ter o diagnóstico de vaginismo ou dispareunia. O tratamento envolve psicoterapia sexual, ginecologistas e fisioterapeutas. Lembre-se sempre: sentir dor não é normal!

7. Ela não fica “larga” por causa do sexo

A vagina pode, sim, sofrer de flacidez com o passar do tempo, mas isso não tem absolutamente nada a ver com a frequência com a qual você faz sexo. As estruturas vaginais podem perder a sustentação, especialmente se ela não for usada! Traumas de parto, envelhecimento natural, sedentarismo, tabagismo… são vários os fatores que levam ao problema. Mas, de modo algum, isso tem a ver com a frequência sexual. Pelo contrário: o autoconhecimento e a possibilidade de ter prazer melhora muito a saúde íntima como um todo!

Além desses, muitos são os tabus que nos impedem de deixar nossa vagina livre, leve e solta para o prazer. Mas o fato é que ela é um universo à parte, que pode trazer saúde, tesão e qualidade de vida. Viva a vagina!

* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Dicas de Mulher.

Psicanalista e Palestrante, graduada em Psicologia e em Letras, com Mestrado e Doutorado em Linguística e Pós-Graduada em Sexualidade Humana. Dedica sua carreira ao desenvolvimento de mulheres líderes no trabalho, nos relacionamentos e na vida. É autora do livro "A linguagem da loucura" e empresária, ama comunicação, esportes, viagens e celebrações.