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Queratose pilar: quando há excesso de queratina na pele

Esta não é uma condição grave, tendo somente implicações estéticas

Atualizado em 27.06.22

Foto: iStock

Pequenos inchaços (semelhantes a acne) na pele. Estes são os principais sinais da queratose pilar ou ceratose folicular – uma condição benigna, mas que, com certeza, pode causar certo incômodo do ponto de vista estético e, por isso, exigir um tratamento adequado. É ainda um problema crônico, ou seja, que pode durar anos ou a vida inteira.

Cíntia Guedes Mendonça, especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), pós-graduada em dermatologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, explica que a queratose pilar é uma doença genética relacionada à produção de queratina nos folículos pilosos. “Não é uma condição grave, tendo implicações somente estéticas”, destaca.

Daniela Gueriot, dermatologista da All Clinik (RJ), ressalta que a queratose pilar é uma manifestação comum da pele que ocorre devido a uma alteração da queratinização. “Há um excesso de produção de queratina na pele, que obstrui a abertura dos folículos pilosos”, diz.

Abaixo você entende melhor quais são os sintomas da queratose pilar, suas causas e fatores de riscos, bem como é feito o diagnóstico e o tratamento desta condição.

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Causas e fatores de risco

Cíntia explica que a queratose pilar é causada por uma alteração genética na produção de queratina nos folículos pilosos. “Ela pode aparecer em qualquer tipo de pele, mas é mais comum em pessoas que tenham dermatite atópica”, diz.

Daniela reforça que existe uma predisposição genética para queratose pilar e que a condição é mais comum em pessoas com menos de 30 anos. “Tende ainda a aparecer mais no inverno, pois a pele fica mais ressecada. Outros fatores que predispõem são dermatite atópica, peles mais ressecadas, rinite, asma e bronquite”, explica.

Sintomas da queratose pilar

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Daniela destaca como os principais sintomas:

  • Pápulas (um tipo de lesão na pele/bolinhas vermelhas), especialmente na face externa dos braços e nas coxas;
  • Aspereza;
  • Ressecamento cutâneo.

“São pequenas bolinhas vermelhas nos braços, coxas, glúteos e no rosto, que não coçam. Geralmente aparecem na infância e persistem na puberdade e vida adulta. A pele fica com aspecto áspero e ressecado”, ressalta Cintia.

Além de não coçarem, esses pequenos caroços (ou pequenas bolinhas) não causam nenhum tipo de dor, sendo assim sintomas apenas de caráter estético.

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Como é feito o diagnóstico?

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Ao notar os sinais, que são facilmente identificáveis, a pessoa deve procurar um dermatologista ou clínico geral. “O diagnóstico é clínico, feito através do exame dermatológico no consultório”, explica Cíntia.

Em alguns casos, a queratose pilar até dispensa o tratamento médico, por não ser uma condição grave e que pode “desaparecer sozinha”. Porém, é recomendável procurar orientação médica para avaliar as possibilidades de tratamento, especialmente no caso das pessoas preocupadas com a aparência da pele.

Na consulta médica, para facilitar o diagnóstico, é possível já chegar com algumas informações importantes em mente ou anotadas, como, por exemplo: descrição de todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram; além de histórico médico, incluindo medicamentos tomados com regularidade.

Tratamentos para a queratose pilar

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Cíntia explica que o tratamento é feito com agentes queratolíticos, como o ácido salicílico, retinóides, hidratantes e até laser. “Mas tem resultados limitados, por se tratar de condição genética”, diz.

Ou seja, as opções de tratamentos focam em reduzir os depósitos de queratina da pele, mas nenhuma delas pode prometer acabar definitivamente com o problema.

Vale reforçar que a queratose pilar não é uma condição grave e pode, muitas vezes, “desaparecer sozinha” por volta dos 30 anos de idade. Porém, o acompanhamento médico permite o controle dos sintomas.

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Jornalista formada em 2009 (58808/SP), redatora freelancer desde 2013, totalmente adepta ao home office. Comunicativa, sempre cheia de assuntos para conversar e inspiração para escrever. Responsável no trabalho e fora dele; dedicada aos compromissos e às pessoas com quem convive; apaixonada pela família, por cachorros, pelo lar, pelo mar, por momentos de tranquilidade e também de agito.