Bem-estar

Pressão baixa: saiba o que significa e o que fazer quando tiver sintomas

Sensação de desmaio, palidez cutânea e sudorese fria são os principais sintomas da queda de pressão

Atualizado em 27.06.22

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Você já ouviu alguém dizer que estava com a “pressão baixa”?! Este é um termo popular utilizado para designar a queda da pressão arterial para níveis abaixo do normal – a hipotensão arterial –, conforme destaca Thiago Germano, cardiologista do Hospital Anchieta.

Tal condição pode causar sintomas como sensação de desmaio, palidez cutânea, sudorese fria, entre outros.

Fausto Stauffer, coordenador de Cardiologia do Hospital Santa Lúcia Norte, de Brasília, e diretor de Pesquisas da Sociedade Brasileira de Cardiologia do DF, ressalta que o termo pressão baixa significa que o indivíduo está com o nível da sua pressão arterial abaixo dos habituais. “Consideramos pressões menores que 90 x 60 mmhg (popular 9×6), como pressão arterial baixa”, explica.

“É bom saber que a pressão baixa (hipotensão) pode ocorrer com qualquer pessoa, sendo que nem sempre significa alguma doença e também pode ser assintomática”, conforme explica Stauffer.

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“Isso é mais comum em determinadas situações de estresse emocional, exposição ao sol, permanência por período prolongado na posição de pé, entre outras causas diversas que podem desencadear hipotensão em pessoas suscetíveis”, complementa Germano.

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Principais causas da pressão baixa

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O especialista, Fausto Stauffer, destaca como principais causas da queda de pressão:

  • Desidratação: esta é, de acordo com o coordenador de Cardiologia, a principal causa de pressão baixa, quando o volume de líquido circulante nos vasos sanguíneos diminui.
  • Hipotensão postural: ocorre quando a pessoa levanta-se muito rapidamente.
  • Calor excessivo: provoca uma dilatação dos vasos sanguíneos com queda da pressão.
  • Síndromes neurocardiológicas: como a síndrome vaso vagal, que ocorre por uma desregulação entre os neurotransmissores cardíacos e neurológicos.
  • Situações infecciosas graves: como a septicemia (infecção do sangue que acontece quando uma infecção bacteriana em outra parte do corpo se espalha pela circulação sanguínea).
  • Situações de falência do coração: como em arritmias e infarto agudo do miocárdio.

Germano reforça que a queda de pressão arterial ou hipotensão arterial pode ocorrer por diversas razões, podendo estar relacionada a distúrbios cardiovasculares ou mesmo a uma situação episódica, momentânea sem significado patológico.

Quais os sintomas da pressão baixa?

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Stauffer explica, primeiramente, que a queda de pressão arterial pode ser assintomática. Mas, quando presentes, os sintomas são relacionados ao baixo fluxo de sangue para os órgãos, principalmente o cérebro. Assim, a pessoa pode ter:

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  • Tontura;
  • Sensação de desmaio;
  • Fadiga;
  • Sonolência;
  • Baixa disposição;
  • Suor frio;
  • Palidez dos lábios;
  • Taquicardia (sensação do coração batendo rápido).

O que fazer quando a pressão está baixa?

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O cardiologista Germano explica que, durante a queda de pressão, podem ser realizadas algumas medidas para alívio momentâneo dos sintomas, como:

  • Deitar e elevar as pernas a uma posição superior ao tronco;
  • Ingerir líquidos;
  • Em alguns casos, uma pequena adição de sal sublingual pode contribuir para restabelecimento dos níveis pressóricos.

Então, caso algum familiar ou amigo esteja com você e apresente sintomas de pressão baixa. Você também pode ajudar, conforme indica Stauffer:

“Deite imediatamente o indivíduo e peça para ele levantar suas pernas para aumentar o fluxo de sangue para cérebro. Além disso, oriente-o a ingerir água em pequenas quantidades, até o máximo que conseguir.”, explica.

É importante manter a calma, tanto no caso de você estar passando mal com pressão baixa, como no caso de estar ao lado de alguém que se queixa do problema. Mas, caso os sintomas persistam, um médico deve ser procurado para indicar o devido tratamento.

Como tratar o problema?

Germano explica que o tratamento da pressão baixa requer uma avaliação clínica para se definir a possível causa e, consequentemente, o tratamento dirigido para aquele diagnóstico.

Stauffer reforça que o tratamento da pressão baixa consiste no tratamento da sua causa. “Como exemplo, se for desidratação, realizar uma hidratação através da veia. Se for calor excessivo, refrigerar o ambiente quando possível. Se for infecção, tratar com antibióticos. Naqueles casos muito graves, que necessitam de internação hospitalar, temos medicações venosas para elevar a pressão arterial e que somente podem ser utilizadas em ambientes de terapia intensiva”, explica.

Pressão baixa na gravidez

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Germano explica que a pressão baixa durante a gravidez pode estar relacionada à fisiologia da própria gestação, com produção hormonal que gera diminuição dos níveis pressóricos. “Geralmente, um simples aumento da ingestão de líquidos pode reduzir os sintomas”, diz.

Stauffer ressalta que a pressão baixa durante a gravidez é um fenômeno comum, considerado não patológico e que não leva a risco direto de vida para a mãe e nem para o feto, como no caso de pressão arterial elevada (hipertensão).

“A hipotensão ocorre por redistribuição do fluxo sanguíneo para a placenta. O maior risco da pressão baixa é o caso de desmaio da gestante com trauma abdominal. A recomendação é a mesma no caso de sintomas: deitar, levantar as pernas, beber líquidos e, se necessário, consumir algum alimento salgado – evitar o sal diretamente, pois pode acarretar em pico de pressão”, orienta o coordenador de cardiologia do Hospital Santa Lúcia Norte.

Agora você já sabe que qualquer pessoa pode ter, em algum momento da vida, pressão baixa, sendo que esta causará ou não sintomas. Pode ser ainda uma queda de pressão momentânea, sem significado patológico, ou pode estar relacionada a algum problema de saúde. Por isso, em caso de sintomas, o ideal é procurar o médico para fazer um diagnóstico completo e obter as indicações de tratamento corretas.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Jornalista formada em 2009 (58808/SP), redatora freelancer desde 2013, totalmente adepta ao home office. Comunicativa, sempre cheia de assuntos para conversar e inspiração para escrever. Responsável no trabalho e fora dele; dedicada aos compromissos e às pessoas com quem convive; apaixonada pela família, por cachorros, pelo lar, pelo mar, por momentos de tranquilidade e também de agito.