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Você provavelmente já ouviu falar sobre trombose, mas, se ainda não tem muito conhecimento sobre esta condição de saúde, é importante saber que existem hábitos importantes no sentido de preveni-la.
Primeiramente, é preciso entender que a Trombose Venosa Profunda (TVP), conhecida popularmente apenas por trombose, ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes, geralmente dos membros inferiores (coxas e pernas), determinando a obstrução parcial ou total do fluxo na veia afetada.
Yolanda Schrank, endocrinologista do Bronstein Medicina Diagnóstica, destaca que o desenvolvimento da trombose está relacionado com a diminuição da velocidade da circulação (estase venosa), aumento da viscosidade do sangue (hipercoagulabilidade) e alterações na integridade das veias.
O caso se agrava quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea (processo chamado de embolia). Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.
“O risco maior da trombose é quando um fragmento se desprende (êmbolo) e se movimenta pela corrente sanguínea migrando para os pulmões e causando a embolia pulmonar, intercorrência esta de alta letalidade”, reforça Yolanda.
8 maneiras de prevenir a trombose
Levando em conta os fatores de risco para ocorrência da trombose, Yolanda cita as principais medidas que podem ajudar a preveni-la:
- Pratique exercícios físicos regularmente.
- Evite permanecer muito tempo sentado sem se movimentar.
- Evite o tabagismo.
- Evite o consumo de álcool (associado ao tabagismo e ao uso de anticoncepcional).
- Mantenha uma dieta equilibrada.
- Procure manter o peso.
- Pacientes com história de varizes e história anterior de trombose devem ser orientados a usar meias de compressão.
- Pacientes que trabalham ou permanecem muito tempo em pé ou sentados também devem ser orientados a usar meias de compressão.
Abaixo você conhece os principais fatores de risco para a ocorrência de trombose, exatamente para saber como pode prevenir este problema.
Fatores de risco para a trombose

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Yolanda destaca como os principais fatores de risco:
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Hereditariedade: algumas famílias apresentam uma desordem herdada que facilita a coagulação sanguínea (hipercoagulabilidade), o que favorece a trombose, sobretudo na presença de outro fator de risco.
Imobilidade: no contexto de pacientes acamados, internações prolongadas e longas viagens.
Varizes: pacientes que apresentam dilatação das veias (varizes), sobretudo do sistema venoso profundo.
Idade: pacientes acima de 60 anos apresentam maior risco de trombose.
Tabagismo: aumenta a hipercoagulabiliade (aumento da viscosidade do sangue).
Obesidade: o excesso de peso e o acúmulo de gorduras exercem pressão sobre as veias, dificultando a passagem do sangue, principalmente nos vasos dos membros inferiores.
Álcool, tabagismo e anticoncepcional
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), jovens que fumam e usam anticoncepcional têm 10 vezes mais chance de sofrer ataque cardíaco e embolia pulmonar do que outras pessoas da mesma faixa etária que não são fumantes e usam o mesmo medicamento.
Esse grupo também apresenta maior risco para doenças do sistema circulatório, aumentando em 39% as chances de doenças coronarianas e em 22% de acidente vascular cerebral.
“A pílula e a nicotina aumentam em até 10 vezes o risco de coagulação do sangue no interior das veias, favorecendo a formação de trombos, que podem se deslocar, causando diversos problemas, entre eles a embolia pulmonar, patologia grave e potencialmente fatal”, explica a endocrinologista Yolanda Schrank.
A médica explica ainda que o consumo de álcool é nocivo às células do fígado, que é justamente o órgão em que a pílula é metabolizada. “Essa combinação de álcool, cigarro e pílula é sempre ruim, porque envolve substâncias tóxicas no organismo, principalmente pulmão e fígado, além de aumentar o risco de ocorrência de trombose”, explica Yolanda. “Além disso, pode retardar a absorção do anticoncepcional, diminuindo, consequentemente, sua eficácia”, acrescenta.
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Sintomas da trombose

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Yolanda explica que a trombose pode ser completamente assintomática, é o que acontece em muitos casos. Ou ainda, apresentar sintomas como dor, inchaço e aumento da temperatura nas pernas.
“Os sintomas da trombose podem se assemelhar aos de outras doenças ou problemas. Consulte sempre seu médico para um diagnóstico”, orienta a endocrinologista.
Diagnóstico da trombose
Na consulta com o médico é provável que você escute algumas perguntas como:
- Você sente dores nas pernas? Com que frequência?
- Qual a intensidade das dores?
- Tomou alguma medida que melhorou ou agravou os sintomas?
- Alguém da sua família já teve trombose ou algum problema relacionado à coagulação sanguínea?
O médico também deverá realizar um exame físico. Mas esses métodos podem não ser suficientes para fazer o diagnóstico e exames provavelmente serão solicitados.
Tratamento da trombose
Yolanda explica que medicamentos para reduzir a viscosidade do sangue são utilizados no tratamento da trombose. “Estes medicamentos, entretanto, só devem ser usados mediante prescrição médica depois de criteriosa avaliação, já que há o risco de fenômenos hemorrágicos”, destaca.
Agora você já tem as principais informações sobre a trombose e, sobretudo, sabe que há maneiras de se prevenir esse problema. Em casos de dúvida, consulte sempre um médico de sua confiança.