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15 livros feministas para conhecer e se engajar no movimento

Michelle Lopes

Atualizado em 04.07.22
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O feminismo é um movimento que luta pela igualdade de gênero, já que as mulheres, ainda hoje, vivem em uma realidade sexista. Para conhecer melhor as teses e se aprofundar no movimento, confira a seleção a seguir de 15 livros feministas. Existem sugestões para todos os gostos! Dê uma olhada e se joga!

1. O livro do feminismo

O livro do feminismo é um ótimo começo para quem busca compreender melhor o assunto. Ele foi escrito por diversos autores e aborda as principais temáticas feministas, além de apresentar, com clareza, a história do movimento. O livro pode ser considerado um mapa, no qual você pode sempre voltar para se lembrar dos marcos históricos e das principais teorias escritas. É uma opção densa e longa, mas bastante completa!

2. O feminismo é para todo mundo

Gloria Jean Watkins atende pelo pseudônimo bell hooks e prefere que este seja escrito com letras minúsculas, dando destaque à sua teoria e não a seu nome. hooks é uma grande teórica feminista da atualidade e, um de seus livros, O feminismo é para todo mundo, conta com 19 capítulos e aborda temas como a educação, violência, política e mais. Conta com um texto claro e responde às perguntas: o que é o feminismo e quem deve lutar pelo movimento?

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3. Para educar crianças feministas

Sabe aquele livro curtinho com uma linguagem super fluida? É esse! Escrito pela nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. O livro é uma versão de uma carta que a autora escreveu para uma amiga que a questionou sobre como criar sua filha como uma feminista. O resultado é um livro de bolso que conta com 15 sugestões para quem busca uma educação que leve em consideração questões de gênero.

4. O segundo sexo

Você conhece a clássica frase “Não se nasce mulher, torna-se mulher”? Ela foi escrita por Simone de Beauvoir em 1949 em uma obra bastante extensa, contando com 2 volumes. Contudo, O segundo sexo é um livro cultuado até os dias atuais. Beauvoir explicita as forma de opressão machistas e denomina o sexo feminino como “o segundo sexo”, uma vez que as mulheres eram vistas como inferiores aos homens. A autora faz isso por meio de análises detalhadas de diversos setores da sociedade.

5. O mito da beleza

Naomi Wolf escreveu O mito da beleza para relatar como as imagens de beleza podem ser usadas para oprimir as mulheres. Para isso, analisou âmbitos como a economia, a religião, a sexualidade e a cultura. Durante a leitura, torna-se claro que a opressão dos corpos femininos é um problema que ultrapassa os limites pessoais e torna-se uma massiva, resultando em uma sociedade ainda mais patriarcal. Essa é uma obra extensa, mas necessária para importantes reflexões.

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6. Extraordinárias – mulheres que revolucionaram o Brasil

As autoras Duda Porto de Souza e Aryane Cararo reuniram, neste livro, a história de diversas mulheres brasileiras que viveram em diferentes épocas e podem ser consideradas verdadeiros ícones! É uma obra lindíssima, com ilustrações de diferentes autorias. Esse é um livro perfeito para o público jovem, mas é claro, todas e todos precisam conhecer sua história. Conhecer a luta de mulheres brasileiras que, muitas vezes foram apagadas pela história é um ato de respeito ao movimento que busca valorizá-las.

7. Sobrevivi – posso contar

Por falar em mulheres brasileiras, conheça a história de Maria da Penha, autora do livro Sobrevivi – posso contar. Sua história foi responsável pela criação da lei número 11.340/2006, mais conhecida como “Lei Maria da Penha”, que disciplina sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher e traz institutos de proteção a ela. No livro, Penha relata não apenas a violência que sofreu por parte de seu marido, mas também a necessidade da violência doméstica ser combatida como um fenômeno social e político!

8. Eu sou Malala

Ainda tratando de autobiografias, é a vez da paquistanesa Malala Yousafzai, que conta como foi baleada aos 14 anos pelo Talibã por defender a educação para as meninas. O livro mostra a luta feminista da autora pela independência das mulheres, além de abarcar os impactos do terrorismo na região dela. Malala ganhou, em 2020, o prêmio Nobel da Paz por sua luta pela educação!

9. Quem tem medo do feminismo negro?

O livro tem início a partir da história da autora brasileira Djamila Ribeiro, explorando a temática do racismo no Brasil. Essa é uma leitura essencial para quem quer entender o feminismo negro pela perspectiva de uma autora que ocupa o lugar de fala da mulher negra brasileira, que sofre uma dupla opressão: de gênero e racial. Com uma escrita acessível e didática, Djamila Ribeiro deu origem à uma obra que todas as mulheres deveriam conhecer.

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10. A princesa salva a si mesma neste livro

Os poemas escritos por Amanda Lovelace apresentam fragmentos de sua vida, passando pelas diferentes fases. O livro é separado em 4 partes: a princesa, a donzela, a rainha e você. A escrita causa uma identificação por tratar de temas caros às mulheres: o autoconhecimento, amor próprio e os sentimentos que são fruto de tais processos.

11. O papel de parede amarelo

Charlotte Perkins Gilman escreveu, em 1892, o que veio a se tornar um conhecido clássico feminista. O livro retrata a história de uma mulher com a saúde mental fragilizada, levada pelo marido que visava tratá-la para uma casa alugada. Lá, a personagem deveria passar seus dias sem fazer nada, nem mesmo escrever. Em seu quarto, havia um papel de parede amarelo, que se torna cada vez mais importante para ela. Muitos acreditam que este é um livro de terror, mas também pode ser considerada uma obra feminista que expõe a realidade machista em que as mulheres estão inseridas há muitos anos.

12. O conto da aia

Essa distopia escrita por Margaret Atwood se passa em um futuro próximo, no qual os Estados Unidos passam a ser um estado teocrático e totalitário, com o nome de Gilead. Nesta república, as mulheres não têm direitos e pertencem ao Estado, sendo divididas em categorias. O livro se passa pela perspectiva de uma dessas mulheres, Offred, cuja função é procriar e dar filhos aos Comandantes e suas esposas. É uma leitura impactante que prende o leitor do início ao fim!

13. O poder

Nesta outra distopia, de autoria de Naomi Alderman, as mulheres ganham um poder: o de eletrocutar pessoas. A partir disso, a ordem social se inverte e a realidade passa a ser bem parecida com a atual, com a única diferença de que os homens é quem são oprimidos, exatamente como acontece com os corpos femininos na sociedade patriarcal. O livro vai além de um simples romance distópico e discute situações políticas e sociais.

14. Feminismo para os 99%

As autoras Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser articulam a opressão de gênero com outras formas de exploração, como racial e econômica. O livro conta com 11 teses acerca do tema e é uma obra essencial para uma reflexão sobre o feminismo que ultrapassa o limite básico do movimento para uma análise mais complexa das formas de opressão. O que as autoras buscam é um feminismo que atenda a todas!

15. Mulheres, raça e classe

Angela Davis é um grande nome do feminismo. Seu livro Mulheres, raça e classe explora a história do feminismo negro nos Estados Unidos, perpassando por marcos como, por exemplo, os movimentos abolicionista e sufragista sob uma ótica racial. A autora defende um viés interseccional do feminismo, relacionando gênero, raça e classe.

Aproveite as indicações para estudar e se engajar nesse movimento que precisa da união de todas e todos! Para isso, uma boa também é conhecer escritoras famosas para ler mais produções realizadas por mulheres!

Acadêmica de psicologia apaixonada por todas as formas de se expressar.