Bem-estar

Semanas de gravidez: a contagem regressiva da maternidade

Canva

Com colaboração da ginecologista e obstetra Marianna Assumpção

Atualizado em 17.11.23

A gestação é um período de significativas mudanças na vida e no corpo de uma mulher. Gerar um bebê demanda esforço físico e emocional, semana a semana, durante 9 meses – tempo esse que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do neném. Em conversa com o Dicas de Mulher, a ginecologista e obstetra Marianna Assumpção esclarece dúvidas sobre as semanas de gravidez.

Conheça a especialista

Marianna Assumpção é médica ginecologista e obstetra, formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Possui residências médicas em Ginecologia e Obstetrícia, e em Endoscopia Ginecológica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.

Gravidez semana a semana

Dicas de Mulher

O período gestacional é uma experiência singular para cada mulher. Entretanto, alguns sinais, sintomas e mudanças caracterizam as semanas de gravidez, pois são recorrentes na maioria das grávidas. Acompanhe as principais características de cada semana:

Semana 1

Clinicamente falando, a contagem das semanas de gravidez começa a partir do primeiro dia da última menstruação. Nesse momento, “tecnicamente, a mulher ainda não está grávida, mas, sim, passando pelo período menstrual habitual”, explica a Dra. Marianna. Assim, na primeira semana, o corpo naturalmente está se preparando para receber o óvulo fecundado.

Semana 2

De acordo com a especialista, esse momento é considerado o período fértil. “A ovulação ocorrerá no final da segunda semana e a mulher poderá engravidar” – caso tenha relações sexuais sem o uso de método contraceptivo. Com a liberação do óvulo, pode haver um pequeno desconforto ou dor abdominal, além do “aumento da temperatura corporal e da secreção vaginal”.

Publicidade

Semana 3

Na terceira semana de gravidez, o óvulo já fecundado migra da trompa de Falópio para o útero. Com a implantação do óvulo nas paredes uterinas, “pode ocorrer um pequeno sangramento (ou secreção rosada) chamado de nidação”. É comum a mulher sentir cólicas e desconfortos. No entanto, fique atenta, se o sangramento perdurar, ocorrer em excesso ou se for acompanhado de dor, consulte um médico.

Semana 4

“Nessa fase, a maioria das mulheres descobre que está grávida”, seja por conta da realização de um teste de gravidez de farmácia, de um exame beta HCG ou devido ao atraso menstrual. A gestante pode sentir o aumento no tamanho das mamas e uma maior sensibilidade nelas, além de cólicas. Em relação à formação do bebê, “ao realizar uma ultrassonografia, o achado mais comum é um endométrio mais espessado”, contudo, isso ainda não configura tipicamente uma gestação.

Semana 5

Na quinta semana, surgem alguns dos sintomas de gravidez mais comuns, como enjoos matinais, fadiga excessiva e alterações de humor. A médica também conta que “as mamas se mantêm turgidas e doloridas. A cólica em baixo ventre pode persistir”. Além disso, o desenvolvimento do embrião está acontecendo rapidamente e, em uma ultrassonografia, “já será possível identificar o saco gestacional”.

Semana 6

A sexta semana de gravidez chegou e mais mudanças começam a aparecer! O olfato fica aguçado, por isso, “alguns odores antes imperceptíveis se tornam intoleráveis”. A Dra. Marianna explica que a “a mulher pode se sentir mais estufada, com mais gases e constipada”. O ultrassom já detecta “um pequeno embrião, que parece um feijãozinho dentro do saco gestacional com sua vesícula vitelínica”.

Semana 7

Com o olfato aguçado e a aversão por alguns alimentos, as náuseas se tornam ainda mais frequentes na sétima semana. Para tentar aliviá-las, a médica recomenda mudanças nos hábitos alimentares, como “evitar longos períodos de jejum, dar preferência para os alimentos secos e frutas cítricas”. A micção pode se tornar mais frequente, pois o útero está crescendo para comportar o desenvolvimento do bebê que, a essa altura, “já tem batimento cardíaco e mínimos braços e pernas”!

Semana 8

Oitava semana de gravidez e começa a ficar difícil esconder os sinais de gestação. A mulher sente “enjoo, tontura, queda de pressão, sonolência, oscilação de humor, mamas inchadas e doloridas, micção frequente e constipação”. Com os sintomas intensos e as mudanças corporais, “a cabeça parece não funcionar na mesma velocidade de antes”. Nessa fase, “o bebê já tem olhos e se mexe, mesmo que a mãe ainda não consiga sentir”.

Semana 9

Os sintomas das outras semanas persistem. Com as constantes alterações nos hormônios femininos, o sistema digestivo será o mais afetado, resultando em azia, constipação e excesso de gases. Também por conta das alterações hormonais, “a pele do rosto pode se tornar mais oleosa e com mais acne”. Em relação ao desenvolvimento do bebê, é por volta desse período que as orelhas e os genitais começam a se formar.

Publicidade

Semana 10

Já no terceiro mês, os seios aumentam, o apetite melhora e a barriga começar a aparecer. Contudo, essa proeminência “ainda pode ser ação da progesterona, que relaxa a musculatura do corpo e deixa os músculos do abdômen mais soltos”. Os órgãos genitais do bebê continuam a se formar, apesar de ainda não serem perceptíveis no ultrassom. Ele começa a se mexer e chutar, mas os movimentos podem ainda não ser sentidos pela mãe.

Semana 11

Na décima primeira semana, é comum o aumento nas alterações de humor devido às flutuações hormonais. Os sintomas digestivos continuam incomodando, “o abdômen parece cada vez mais distendido e a sensação de má digestão dura o dia todo”. Desconfortos ou cólicas abdominais aparecem em níveis leves e moderados. A secreção vaginal se torna mais frequente – é normal a presença de corrimento branco pastoso. O bebê já está com os ossos um pouco mais fortes e “todos os dedos já estão bem definidos e separados”.

Semana 12

Próximo ao quarto mês de gestação, algumas grávidas ficam enérgicas e animadas. As náuseas se tornam menos frequentes ou desaparem por completo. “O útero está crescendo cada vez mais e saindo da pelve, por isso, as calças começam a não fechar”. Além disso, pode haver cólicas leves em determinados momentos. Na formação fetal, o intestino já está mais desenvolvido, e é possível “identificar diversas estruturas e órgãos no exame de ultrassom”.

Semana 13

Embora haja menos sintomas desagradáveis e mais energia ao longo do dia, alterações na pressão arterial são comuns nesse período, ocasionando tonturas. É fundamental que a grávida evite “se movimentar rapidamente, fazer longos períodos de jejum e permanecer muito tempo na mesma posição”, além de se manter sempre hidratada. Caso esses sintomas persistam ou se agravem, o ideal é consultar um médico para investigar as causas. Quanto ao bebê, ele continua crescendo sem parar e “tem aproximadamente o tamanho de meia banana”.

Semana 14

No início oficial do segundo semestre, a atenção continua sendo para a pressão arterial mais baixa, “que pode ocasionar tonturas e desmaios”. O corpo está fazendo o seu melhor para sustentar o bom desenvolvimento do bebê, que “começa a movimentar dedos, piscar olhos e já pode até chupar o dedo”. Algumas mulheres apresentam melhora no apetite e aumento do desejo sexual.

Semana 15

A décima quinta semana é caracterizada por ser comumente “uma fase em que a gestante se sente bem, mais disposta, sem tanta sonolência e com melhor aceitação alimentar”. A barriguinha aparece e pode haver um aumento de peso natural. Para não cometer exageros, é recomendado estabelecer uma boa alimentação, além de realizar a prática de exercícios fisícos, caso seja permitido pelo médico que está te acompanhando. O bebê “ocupa a palma da sua mão, tem soluços e já tem sensibilidade à luz”.

Semana 16

Na décima sexta semana de gravidez, as alterações hormonais continuam a todo vapor, podem ocasionar escurecimento de algumas regiões do corpo, como rosto, aréolas, axilas, virilha e região abaixo do umbigo, mas essas alterações não são definitivas. Outros sintomas são: “maior congestão nasal, piora de quadros de rinite e cólicas devido à distensão do útero”. O bebê tem aproximadamente o tamanho de uma pera e “seu sistema urinário e circulatório já está funcionando”.

Semana 17

Seguindo o padrão da semana anterior, as cólicas continuam causando desconforto. Em casos de dores fortes e muito persistentes, a gestante deve consultar um médico. Por conta do aumento uterino e da preparação do corpo para dar mais espaço ao bebê, o quadril estará mais largo e, “definitivamente, nenhuma calça fecha”, a médica pontua brincando. Os ossos do bebê estão mais resistentes e a cartilagem das orelhas começa a se formar.

Publicidade

Semana 18

Entre o final da semana anterior e o início da décima oitava, “algumas mulheres já conseguem sentir o bebê mexer”. A mudanças externas são visíveis no corpo, com aumento de peso mais aparente, barriga proeminente, seios maiores e quadril mais largo. Esse é o momento em que “a mulher começa a se sentir grávida de fato”. Quanto ao desenvolvimento do bebê, é importante saber que seus “órgãos genitais internos e externos estão totalmente desenvolvidos e ele já consegue ouvir sons”.

Semana 19

Por conta das alterações físicas e orgânicas que continuam ocorrendo, “as câimbras se tornam frequentes, principalmente, no período noturno”. Constipação, gases, má digestão e azia podem piorar, por isso, o ideal é evitar comidas gordurosas, ácidas ou muito temperadas. O bebê começa a desenvolver as áreas sensoriais, como tato, paladar, audição, olfato e visão.

Semana 20

Os movimentos do bebê ficam mais fortes e perceptíveis, por isso, a gestante pode ter dificuldade para dormir, além de sentir azia e câimbras. É recomendado que a grávida durma virada para o lado esquerdo e, se possível, com travesseiros de apoio, pois isso auxiliará o fluxo sanguíneo uterino. Nessa fase, “o bebê engole líquido amniótico e seu intestino já começa a produzir mecônio”, demonstrando um bom funcionamento.

Semana 21

Metade da jornada da gravidez passou e a mulher já vivenciou transformações corporais e emocionais. O útero e o bebê continuam crescendo, por isso, é comum sentir dores nas costas, na região pélvica, no quadril e na virilha, “que se acentuam no final do dia”. Há um aumento do corrimento vaginal e as câimbras continuarão aparecendo. O bebê “consegue ouvir a voz da mãe e já tem unhas e sobrancelha”.

Semana 22

A vigésima segunda semana de gravidez é conhecida como a semana do brilho gestacional, onde a mãe se sente mais bonita. Isso acontece, de acordo com a obstetra, pois as unhas e os cabelos crescem mais rápido e podem ficar mais resistentes. Em contrapartida, os pelos corporais também crescem rapidamente e “algumas mulheres apresentam crescimento dos pés”, mas essas mudanças são temporárias. Enquanto isso, o bebê continua desenvolvendo as “funçãões de órgãos essenciais, como o pâncreas, e já começam surgir os primórdios dos dentes”.

Semana 23

O útero segue aumentando seu tamanho para comportar o bebê, que está com aproximadamente 29 cm de comprimento. Devido à pressão dos pulmões, a mãe sentirá o ritmo da respiração mais curto. Há um escurecimento da linha alba e o umbigo pode ficar plano. Inclusive, a gestante pode “sentir dor nessa região por conta do processo de abertura de uma pequena hérnia”. Além disso, os vasos sanguíneos e pulmões do bebê estão quase totalmente formados e “prontos para o processo de respiração”.

Semana 24

Com as mudanças físicas e o aumento de peso, a grávida pode se sentir cansada e indisposta. A especialista atenta para problemas dentários, uma vez que “as gengivas estão mais vascularizadas e escuras, apresentando sangramento fácil”. Também pode ocorrer sangramentos nasais. Para o bebê, essa fase gestacional é muito importante, pois, na maioria dos casos, “ele já tem capacidade para sobreviver fora do útero com o suporte intensivo”. Também já tem o paladar desenvolvido e “é capaz de sentir o gosto de alguns alimentos ingeridos pela mãe no líquido amniótico”.

Semana 25

“Formigamento nas mãos e dedos, por vezes até com diminuição da força”, são comuns nessa fase. Isso acontece por conta do inchaço e da retenção de líquidos, que acaba comprimindo os nervos dos punhos. É importante realizar exercícios de alongamento, além da prática de drenagem linfática, caso o seu médico esteja de acordo. O bebê já responde “ao toque e à luz colocados contra sua barriga”.

Semana 26

Nessa altura da gestação, surgem as contrações de Braxton Hicks, ou seja, contrações de treinamento, não dolorosas. Elas ocorrem como uma preparação natural do corpo para o parto que está se aproximando. Sintomas urinários, como perda de urina, se tornam mais frequentes. A mãe pode “ter a sensação de que mãos e pés estão mais edemaciados e avermelhados”. O bebê segue se desenvolvendo, “já abre os olhos e vai acumulando mais fios de cabelo”.

Semana 27

Na vigésima sétima semana de gravidez, as noites de sono se tornam mais difíceis, tanto pelo desconforto das posições quanto pela necessidade de urinar, uma vez que o útero está cada vez mais comprimindo a bexiga. A profissional ressalta que “refluxo e azia se intensificam. Também podem surgir hemorroidas”. É importante manter uma dieta alimentar rica em fibras e, em alguns casos, recorrer a um auxílio medicamentoso para aliviar os sintomas. O inchaço nos membros inferiores é mais perceptível. No final do dia, “dores na lombar e quadril se tornam frequentes”. O bebê já está respirando e pode apresentar soluços em alguns momentos, além de já ter o próprio ritmo para dormir e acordar.

Semana 28

A chegada do terceiro trimestre intensifica os “sintomas de sobrecarga osteomuscular”, ou seja, dos músculos e ossos, por isso, “dores nas costas, quadril e pube são mais frequentes e fortes”. Coceiras na região da barriga também podem aparecer por conta do estiramento da pele. Para prevenir estrias, use loções e óleos hidratantes. O desenvolvimento fetal continua a todo vapor, e o bebê já apresenta cílios.

Semana 29

Uma boa hora para iniciar a fisioterapia pélvica, que auxilia no alívio da dor e na preparação do períneo. “A musculatura perineal começa sofrer com a sobrecarga de peso e as dores na pube e vagina são mais frequentes”. Algumas mamães apresentam sintomas de ansiedade com a aproximação do parto – técnicas de relaxamento, diálogos com familiares e psicoterapia ajudam na regulação emocional. O bebê está ganhando peso “na forma de acúmulo de gordura”.

Semana 30

As mudanças seguem acontecendo. A pressão arterial começa a subir e volta para os níveis observados antes da gestação. O inchaço das pernas se intensifica. A azia e o refluxo se tornam cada vez mais frequentes. O corpo está se adaptando ao crescimento do bebê. “Sessões de drenagem linfática e atividades em piscina são muito interessantes para aliviar o edema”, indica a especialista. O bebê consegue diferenciar claro e escuro, além de ser capaz de “seguir com os olhos um feixe de luz que passe na frente da barriga”.

Semana 31

As glândulas mamarias começam a se preparar para a amamentação e a gestante pode apresentar maior sensibilidade nos seios devido à produção de colostro. Algumas mulheres se sentem exautas, ofegantes e sem energia. O bebê já tem aproximadamente 1,5 kg e, de acordo com a Dra. Marianna, “adora brincar na barriga durante a noite”.

Semana 32

A barriga já está bem maior e encontrar uma posição para dormir pode ser uma tarefa difícil, tanto pelas dores quanto pelos desconfortos, como falta de ar e refluxo. Sem dormir direito, a grávida pode se sentir ainda mais cansada durante o dia. Se o bebê for um menino, os testículos “devem atingir e ocupar a bolsa escrotal”.

Semana 33

Trigésima terceira semana de gravidez e os escapes de xixi se tornam ainda mais recorrentes ao espirrar, tossir ou fazer esforço – isso acontece devido à pressão do útero sobre a bexiga. A fisioterapia pélvica pode ajudar bastante. É importante ficar de olho nas contrações de treinamento, que se tornam mais frequentes, “podendo causar um pouco de cólica e a sensação de barriga dura mais acentuada”. O bebê está com cerca de 44 cm de comprimento e os ossos do corpo já são mais resistentes.

Semana 34

O bebê está bem maior e a grávida pode sentir dores e desconfortos a medida que ele se movimenta. “O grande volume do útero empurra todos os outros órgãos abdominais para cima”, consequentemente, a mulher sente dores na parte superior do abdômen, azia, refluxo, falta de ar e respiração encurtada. O bebê está bem formado e, “se nascer nessa época, será um prematuro tardio”.

Semana 35

Ao longo da trigésima quinta semana, as noites passam a ser muito mais cansativas por conta da dificuldade de dormir. O período é marcado por “mais contrações, cólica, refluxo e azia, dor nas costas e muitos movimentos do bebê”. Aliás, ele já está bem maior e o espaço uterino está mais apertado, ou seja, “a intensidade e amplitude de seus movimentos são menores”.

Semana 36

Quase na reta final da gestação, o bebê começa a se preparar para o parto, se acomodando na região pélvica. “A sensação de peso na pelve se intensifica, pode ocorrer agravamento das hemorroidas e saída de ainda mais corrimento”. Os episódios de intestino solto e preso, em diferentes momentos, são normais. O bebê está “nadando em cerca de 1 litro de líquido amniótico, mas já está bem grandinho, tornando cambalhotas e mudanças de posição menos prováveis”.

Semana 37

O bebê está apto para nascer, com todos seus órgãos essenciais formados. As contrações de treinamento se tornam intensas, por isso, muitas vezes, são confundidas com as contrações do trabalho de parto. Se o colo do útero já estiver sendo trabalhado, “pode ocorrer sangramento vaginal e saída de muco”. Quanto ao bebê, “a camada de sebo que recobre sua pele começa a diminuir”.

Semana 38

Sabe o refluxo e a azia? Nessa fase, melhoram por conta da descida do bebê para a pelve. O aumento das contrações de treinamento e a aproximação do parto podem produzir a perda do “tampão mucoso”. Algumas mulheres “apresentam um grau de dilatação cervical”. O bebê continua crescendo e chega a engordar cerca de 200 g por semana. “Enquanto não nasce, suas unhas e cabelos vão crescendo cada vez mais”.

Semana 39

“Muitas mulheres entram em trabalho de parto espontâneo nessa fase”. Caso isso não ocorra, a sensação de pressão na pélvis e o aumento progressivo das contrações uterinas seguem acontecendo e se intensificando. A partir daqui, é importante que a gestante fique alerta a todos os sinais do trabalho de parto, como a frequência, a intensidade e a regularidade dos intervalos das contrações, a perda de líquido por via vaginal e possíveis sangramentos. Enquanto isso, no útero, “a pele do bebê vai se tornando menos enrugadinha. Ele continua acumulando gordura e ganhando peso”.

Semana 40

Quarenta semanas se passaram – essa é a “última do período chamado gestação de termo”. Para gestações de alto risco associadas a alguma patologia, é a data limite para o parto. Em casos sem complicações, o pré-natal segue com um acompanhamento mais rigoroso para monitorar a saúde da mãe e do bebê. No útero, o líquido amniótico começa a diminuir e o bebê vai ficando com menos espaço na barriga.

Semana 41

Nas gestações de baixo risco e para as mamães que desejam um parto via vaginal, caso não haja “sinais de dilação do colo uterino, pode prosseguir o seguimento pré-natal”, sempre atenta aos mínimos sintomas de um trabalho de parto. Essa é uma fase de “maior incidência de mecônio e sofrimento fetal”, por isso, é obrigatório fazer “a avaliação da mãe e bebê a cada 2 ou 3 dias”. O bebê recebe menos aporte nutricional e de sangue, consequentemente, seus movimentos diminuem e pode haver “liberação de esfíncter, levando o bebê a liberar mecônio”.

Semana 42

Se a mamãe chegou até aqui sem entrar em trabalho de parto, é hora de “dar uma ordem de despacho para esse bebê”, brinca a Dra. Marianna. Após todas essas semanas de mudanças, sintomas e cuidados, o bebê já está formado, “pronto e gordinho para vir para os braços da mamãe” e continuar seu desenvolvimento fora da barriga!

O processo mágico de desenvolvimento intrauterino passa por diversas mudanças tanto para a mãe quanto para o bebê. O acompanhamento das semanas de gravidez é importante para entender as especificidades de cada fase. Além do pré-natal, utilizar aplicativos para monitorar a gravidez pode te ajudar a esclarecer dúvidas, acompanhar o desenvolvimento da gestação e até compartilhar sua experiência com outras mulheres.

Psicóloga apaixonada por literatura e psicanálise. Acredita que as palavras, escritas ou faladas, têm o poder de transformar.