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A frontoplastia é um procedimento cirúrgico realizado para fins estéticos ou para corrigir alguma deformidade da fronte. A cirurgia tem sido feita também em mulheres trans para harmonizar os traços faciais deixando-as com características socialmente lidas como femininas. Para falar sobre o assunto, a cirurgiã plástica Dra.Tatiana Moura (CRM 100790), do Hospital Albert Sabin de SP, explicou o que é a frontoplastia, quais as contraindicações e esclareceu as principais dúvidas. Confira!
O que é a frontoplastia?
A cirurgiã plástica explicou que “a frontoplastia é a cirurgia de adequação e harmonização da região frontal. Ela é indicada a qualquer paciente que tenha queixas estéticas em relação a essa região, como também pacientes vítimas de trauma com afundamento craniano ou sequela de uma ressecção de algum tumor ósseo, ou crescimento ósseo que chamamos displasia óssea.”
Como funciona a frontoplastia

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A Dra. Tatiana informou que a cirurgia depende do motivo pelo qual foi indicada. “Se é uma indicação estética, geralmente, realizamos uma incisão no couro cabeludo ou na transição da linha capilar. Assim, descolamos toda a pele da região frontal e fazemos a drilagem do osso aumentado.” Então, “através da exposição da região óssea a ser operada, fazemos a ressecção do osso aumentado ou a colocação de uma placa de cranioplastia”, completou.
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Pós operatório
Segundo a profissional, o pós-operatório costuma ser relativamente tranquilo e com baixa dor. “Os pacientes não costumam reclamar, nós usamos bandagens para diminuir o edema e o paciente deve dormir de cabeceira elevada. Assim como tomar os remédios habituais de anti-inflamatórios e antibióticos, e fazer drenagem linfática”.
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Em relação à cicatrização, a cirurgiã comentou que os pontos são retirados de 7 a 10 dias e a cicatrização é um processo comum como em qualquer outro. “Sempre tentamos deixar as cicatrizes escondidas no couro cabeludo ou na transição da linha capilar. Então, em pacientes transgêneros, por exemplo, é feito a modificação da linha capilar para deixá-la mais arredondada e com traços socialmente lidos como femininos. Porém, quando não há necessidade de mudar a linha do cabelo, podemos realizar a incisão dentro do couro cabeludo.
Riscos e contraindicações
Para a Dra Tatiana, não há contraindicações para realizar a frontoplastia se o paciente estiver com a saúde adequada e seja liberado por meio de exames clínicos. “Qualquer paciente que tenha queixa, seja por qualquer razão traumática, tumoral, congênita ou causa estética é candidato a realizar a cirurgia, desde que esteja com a saúde propícia”. E como toda cirurgia plástica é necessário cuidados com infecções ou inflamações no pós-operatório.
Perguntas frequentes sobre a frontoplastia

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Quanto tempo em média dura o procedimento?
Tatiana Moura (TM): “o tempo de duração do procedimento depende do que será feito. Em uma frontoplastia estética, por exemplo, onde é feito a incisão e a ressecção da proeminência óssea, pode durar uma hora e meia. Agora, se é preciso fazer uma cranioplastia mais elaborada, uma sequela de trauma ou uma doença congênita como as malformações do crânio que algumas crianças podem apresentar, vai depender do tipo de deformidade para estimar o tempo cirúrgico.”
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É necessário que o paciente fique internado?
TM: “sim, é necessário por ser uma cirurgia realizada com anestesia geral, então precisa ter uma observação de pelo menos 24 horas após o procedimento.”
A partir de qual idade é possível realizar a frontoplastia?
TM: “a idade do paciente depende do motivo que está sendo indicada a frontoplastia. Então, para cirurgias estéticas esperamos o término do crescimento do crânio, que em pacientes femininos, acontecem próximo aos 15 anos e em pacientes do sexo masculino próximo aos 18 anos. Porém, muitas crianças com alguma deformidade congênita são operadas no início da infância.”
A frontoplastia pode ser feita pelo SUS?
TM: “pode realizar a frontoplastia sob avaliação nos casos em que houver traumas, pós-ferimento por arma de fogo ou por qualquer outra causa que leve a deformidade da fronte. Ou então, em hospitais específicos, onde houver programas de assistência a transgêneros também.”
Apesar de a frontoplastia ser uma cirurgia com baixo risco, é importante realizar o procedimento com um profissional especializado e seguir as suas recomendações. Dessa forma, você preservará a sua saúde e bem-estar, e ficará satisfeita com os resultados. Aproveite e saiba mais sobre a rinomodelação, uma técnica que remodela e empina o nariz sem cirurgia plástica!

Erika Balbino
Formada em Letras e pós-graduada em Jornalismo Digital. Apaixonada por livros, plantas e animais. Ama viajar e pesquisar sobre outras culturas. Escreve sobre diversos assuntos, especialmente sobre saúde, bem-estar, beleza e comportamento.