Bem-estar

Farinha de arroz: conheça os benefícios e aprenda como fazer

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Atualizado em 24.04.23

Uma farinha que não tem glúten, não altera o gosto das receitas e pode ser facilmente preparada em casa: esta é a farinha de arroz, que se apresenta como uma boa substituição à farinha de trigo.

Por conter vitaminas do complexo B, minerais como cálcio, magnésio e zinco, proteínas e fibras, especialmente na versão integral, essa farinha tem muito a nos oferecer em termos de saúde.

Benefícios da farinha de arroz

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Os benefícios dos cereais para a nossa saúde se manifestam principalmente quando consumimos os grãos integrais, ou seja, que não passam por tantos processos de refinamento e, assim, conservam melhor seus nutrientes.

Isso não é diferente com a farinha de arroz: ela até oferece algumas vantagens em relação à farinha de trigo quando preparada a partir do arroz branco, mas é na farinha de arroz integral que realmente encontramos uma diferença significativa para o nosso organismo. Conheça as principais propriedades conforme explicado pela nutricionista Luciana Laffitte:

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1. É uma alternativa às farinhas com glúten

Pessoas que sofrem de doença celíaca (intolerância grave ao glúten) e aquelas que querem evitar essa proteína presente em cerais como trigo, centeio e cevada têm na farinha de arroz uma boa alternativa às versões tradicionais, mesmo quando feita a partir do arroz branco.

Por ser livre de glúten, a farinha de arroz não irrita a mucosa intestinal e permite a preparação de pratos mais leves, já que ela oferece mais fibras e não origina a rede formada pela proteína do trigo.

2. Não altera o sabor e o odor dos alimentos

Por não ter um gosto nem um cheiro pronunciado, a farinha de arroz é um ingrediente bastante neutro e que pode ser utilizado na preparação de receitas doces e salgadas, incluindo sobremesas, tortas, bolos e massas.

3. Dá menos fome que a farinha de trigo

A farinha de trigo aumenta as taxas de açúcar no sangue de forma muito rápida, por isso a farinha de arroz leva vantagem em comparação a ela, principalmente na versão integral, que contém mais fibras.

Embora seu índice glicêmico não seja assim tão baixo, a farinha de arroz demora mais para ser convertida em glicose, o que significa que a liberação de insulina também é mais lenta.

Em consequência, a sensação de saciedade permanece por mais tempo e há uma tendência menor de o organismo depositar gordura na região abdominal, já que um aumento rápido da insulina dá fome e estimula esse acúmulo de tecido adiposo.

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Além disso, a farinha de arroz integral é uma fonte de proteínas, que também levam mais tempo para serem digeridas do que os carboidratos, o que faz com que a fome demore mais tempo para dar as caras novamente.

4. Contribui para a saúde dos ossos

A farinha de arroz integral contém uma boa quantidade de magnésio, um mineral essencial para a saúde óssea. Como ele participa da fixação do cálcio, sua falta pode deixar os ossos mais frágeis ou levar à osteoporose.

Para aproveitar esse benefício, é necessário consumir a farinha feita a partir dos grãos que não passaram pelo refinamento (ou seja, integrais), pois o magnésio é perdido nesse processo.

5. Ajuda a regular os níveis de colesterol

O arroz integral contém alguns óleos que contribuem para o aumento do HDL, o chamado “colesterol bom”, que protege nosso organismo de doenças cardiovasculares, e esse benefício se estende para a farinha feita a partir desse cereal.

Ainda no caso da farinha de arroz integral, a quantidade mais elevada de fibras ainda diminui a absorção intestinal do LDL, o “colesterol ruim”, que tende a se acumular nas artérias em forma de placas.

Como fazer farinha de arroz em casa

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Nem sempre encontramos a farinha de arroz no supermercado, ainda mais a integral. A boa notícia é que é bem simples fazê-la em casa, além de sair mais em conta do que comprar a farinha pronta.

Para prepará-la, você vai precisar de arroz cru branco ou integral, um liquidificador potente o suficiente para moer grãos e uma peneira fina. Veja o passo a passo:

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  1. Coloque uma xícara de farinha por vez no liquidificador e bata até triturar os grãos;
  2. Passe a farinha obtida por uma peneira e retorne os grãos que ficarem retidos para o liquidificador para bater novamente, até que todos tenham o mesmo tamanho;
  3. Repita o processo com restante do arroz até que todo ele tenha sido transformado em farinha;
  4. Guarde a farinha pronta em um recipiente hermeticamente fechado para não pegar umidade.

Quando bem armazenada, a farinha de arroz branco tem validade indeterminada. Já a farinha de arroz integral, que contém mais óleos, costuma durar até cinco meses.

Dicas para usar a farinha de arroz nas suas receitas

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A farinha de arroz pode ser utilizada para engrossar preparações como caldos, sopas e molhos e também como substituição à farinha de rosca na hora de empanar outros alimentos, sendo uma opção mais nutritiva do que os ingredientes usados tradicionalmente.

Essa farinha também pode ser utilizada na preparação de massas, porém, por não ter como formar a rede de glúten (já que é isenta dessa proteína), as receitas feitas ficam menos consistentes do que aquelas preparadas com a farinha convencional. Para driblar esse problema, a dica é acrescentar amido e aumentar a quantidade ovos utilizada em bolos, tortas, pães, panquecas e outros pratos similares.

Outra diferença é que a farinha de arroz absorve mais água do que a de trigo. Dessa forma, dependendo da receita, pode ser necessário aumentar a quantidade de líquidos (seja água, leite etc.) para obter o ponto desejado.

Vale lembrar que a substituição das farinhas por si só não vai provocar um emagrecimento significativo, mas o aumento da ingestão de fibras, vitaminas e minerais associado à prática de exercícios físicos sim.

Já se você tem doença celíaca ou sofre algum tipo de sensibilidade ao glúten, o consumo da farinha de arroz deve ser acompanhado da orientação de uma nutricionista ou nutrólogo, de modo a adotar uma dieta adequada às suas necessidades.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Formada em Letras na Universidade Federal do Paraná e MBA em Business Intelligence pela Universidade Positivo.