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Foto: Thinkstock
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O divórcio é um período conturbado na vida de qualquer casal. Optar pela separação é uma atitude geralmente dolorosa, porque envolve uma série de decisões subsequentes, que abalam a estrutura familiar e o psicológico das pessoas envolvidas no relacionamento.
Há, porém, um grupo que parece ser mais profundamente afetado pelo processo de divórcio. A parcela mais pobre da população, de acordo com estudos recentes realizados nos Estados Unidos, sente mais diretamente os efeitos devastadores dessa etapa.
A Ohio State University publicou uma pesquisa que apontou fatos curiosos sobre o assunto. Dentre os 7272 entrevistados, a maioria não deu entrada oficialmente no divórcio antes de completar dois anos de separação. 15%, no entanto, só o fizeram após dez anos de separação não oficial. O motivo alegado por essas pessoas é que oficializar o divórcio é financeiramente inviável, principalmente quando há crianças envolvidas.
Outra pesquisa desenvolvida pela mesma instituição demonstra que homens desempregados são mais propensos a tomar a iniciativa de uma separação. Aparentemente esse fato tem relação com a ideia tradicional de família, na qual o homem é o provedor financeiro do lar.
Já a University of California, Los Angeles (UCLA) afirma que os casais com renda baixa enxergam o matrimônio de maneira parecida à dos casais considerados ricos. Eles costumam encarar o casamento como uma instituição e tendem a lidar melhor com problemas como a falta de dinheiro e o uso de álcool e drogas, por exemplo. De acordo com os perquisadores, isso acontece porque as pessoas envolvidas em relacionamentos que possuam um orçamento limitado têm uma maior capacidade de suportar situações de estresse do que aquelas que administram grandes quantidades de dinheiro.
Mulheres aposentadas, maiores de 65 anos, estão mais propensas a experimentar condições financeiras delicadas que homens nas mesmas condições, segundo estudo divulgado pelo Government Accountability Office, nos Estados Unidos. O estudo aponta que separar-se ou sofrer a morte do marido pode ser devastador para a vida econômica de uma mulher.
Os efeitos financeiros da separação não se limitam apenas ao casal. Os filhos de pais divorciados têm maior probabilidade de viveram em situação de pobreza do que aqueles que possuem pai e mãe ainda casados.
Outro dado curioso é que a maioria das crianças vive com a mãe, chegando a três quartos do total quando a pesquisa foi feita, em 2009. Cerca de 28% dos integrantes desse grupo viviam abaixo da linha de pobreza americana, contra 19% das crianças cujos pais continuavam casados. Os dados são de um relatório do Censo americano acerca do casamento.
Formada em Secretariado Executivo Trilíngue pela UEM e graduanda em Jornalismo pela UEL.