Por Thalita Vitoreli
Atualizado em 29.06.22

Foto: Thinkstock
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Quem poderia imaginar que aquele bebê tão lindo que você gerou por nove meses no seu ventre iria crescer tão depressa? Num piscar de olhos os filhos crescem e chega um dia em que querem levar uma vida de quase “adultos”: trabalhar, sair… namorar!
Hoje em dia o namoro tem começado cada vez mais cedo. É comum nos deparamos com casais tão jovens de mãos dadas na fila do cinema, num passeio pelo shopping ou trocando carícias em público. A pergunta que surge é: de onde vem o estímulo para que os adolescentes queiram iniciar um namoro tão cedo?
Segundo a psicóloga Fabiane Moraes, o estímulo vem da mídia – televisão, música, filmes que abordam em sua grande maioria assuntos como relacionamento, sexo, traição, namoro: “com o conhecimento sobre esses temas, a curiosidade e a vontade de reproduzir é grande”, afirma.
Qual a idade ideal para começar um namoro?
A psicóloga Fabiane afirma que não existe uma idade ideal para se começar um namoro, mas alguns pontos devem ser observados pelos pais: “é importante que os pais possam avaliar o quão preparado e maduro o filho está para namorar, já que um relacionamento envolve responsabilidades. Será que esse adolescente está preparado para lidar com relacionamentos e conflitos?”
Também deve-se levar em consideração que a adolescência é uma fase de desenvolvimento de amizades, estudos, mudanças corporais e comportamentais; portanto, um namoro poderia ser prejudicial: “caso o adolescente não esteja preparado, as chances de o namoro não dar certo, ou ser um empecilho para o crescimento em outras áreas é grande” afirma Fabiane.
Para a psicóloga alguns amadurecem mais rápido, outros tendem a demorar um pouco mais, por isso, normalmente uma idade mais propícia para o início de um namoro seria após os 15 ou 16 anos.
A importância do diálogo e dos limites
Cada família deve decidir com qual idade os filhos terão autorização para iniciar um namoro. Mas é importante que o diálogo seja sempre aberto, independente da decisão. Os pais devem ter o papel de orientar seus filhos sobre as questões que envolvem um relacionamento, tais como:
- Maturidade,
- Conflitos,
- Prevenção,
- Doenças sexualmente transmissíveis,
- Anticoncepcionais,
- Gravidez na adolescência.
Caso o namoro tenha o aval dos pais ainda sim é preciso ter cuidado: “alguns limites no relacionamento devem ser estabelecidos, como por exemplo: não saírem sozinhos, ou chegarem em determinado horário em casa. É importante que esses limites sejam combinados antes de se iniciar o namoro, pois depois fica muito mais difícil controlar” finaliza a psicóloga.
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