Bem-estar

A verdade sobre os malefícios dos pães à saúde

Entenda por que nem mesmo os pães integrais devem ser consumidos em excesso

Atualizado em 11.09.23

Foto: Thinkstock

Não há como negar: o pão faz parte da alimentação da maioria das pessoas. Muitas delas confessam, inclusive, considerá-lo insubstituível no café da manhã!

Atualmente, existe uma variedade enorme desses produtos à venda no mercado, além, claro, do tradicional pãozinho feito em padarias. As pessoas que se preocupam mais com uma alimentação saudável tendem a escolher as versões integrais; outras, porém, não trocam o pão branco “por nada”!

Mas o fato é que nem mesmo os pães considerados mais saudáveis podem ser consumidos em excesso. Caso contrário, oferecem diversos malefícios à saúde.

E, se você pensa que o único risco desse consumo em excesso é o ganho de peso, está enganada: os pães podem até levar ao desenvolvimento de doenças como a diabetes.

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Confira abaixo uma lista com alguns dos problemas que o consumo de pães pode gerar, bem como informações de como consumir esse alimento de maneira adequada, sem oferecer prejuízos à sua saúde:

1. O consumo de pão branco pode levar à diabetes

Paula Crook, nutricionista da PB consultoria em nutrição, explica que o pão branco é composto basicamente de farinha processada (carboidrato simples) “que tem ação semelhante a do açúcar, podendo levar a uma resistência à insulina e, futuramente, diabetes”.

2. Pão branco não promove saciedade e provoca inchaço

Ainda de acordo com Paula Crook, o pão branco é pobre em nutrientes e não contém fibras em sua composição. “Ou seja, seu consumo não promove saciedade. O fermento biológico também é engordativo e provoca inchaço”, diz.

“Por isso, é recomendado que se opte sempre pelo pão integral, rico em fibras e, se possível, em grãos, que trarão saciedade e equilibrarão a compulsão, sem ganho de peso ou prejuízos ao corpo”, destaca a nutricionista.

Paula reforça que o pão integral apresenta melhor qualidade nutricional do que o pão branco, por possuir farinhas não refinadas. “Ou seja, esse tipo de pão apresenta mais fibras que auxiliam a promover maior saciedade e não levar ao pico de glicemia no indivíduo – que pode gerar consequências alarmantes em longo prazo, como resistência à insulina e excesso de peso”, explica.

Ainda de acordo com a nutricionista, um pão integral rico em fibras pode ser considerado um alimento saudável, sim, desde que consumido com moderação.

3. Pães são ricos em carboidratos e podem levar ao ganho de peso

Paula Crook destaca que qualquer tipo de pão apresenta ingredientes ricos em carboidratos, seja na versão integral, sem glúten ou com farinha branca. “O consumo exagerado de carboidrato sem um aumento do gasto energético é transformado em gordura. Ou seja, a pessoa ganhará peso”, explica.

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Assim, vale ressaltar que nem mesmo os pães integrais devem ser consumidos em excesso.

4. A maioria dos pães possui glúten

O glúten é uma proteína encontrada no trigo, aveia, centeio e cevada. A nutricionista Paula explica que para algumas pessoas, os chamados celíacos, a ingestão dessa proteína é prejudicial à saúde, causando reações alérgicas.

“No entanto, não é só o celíaco que se beneficia ao não ingerir produtos que contenham glúten. Pesquisas sugerem que a ingestão frequente de grandes quantidades da proteína por pessoas hipersensíveis afetam algumas funções do corpo, podendo causar alguns sintomas como: constipação intestinal, rinite, asma, artrite, dermatite, alterações de humor, ansiedade e depressão”, explica a profissional. “Um grande número de pessoas observa que os sintomas são atenuados e até desaparecem com a retirada deste alimento alergênico da dieta”, acrescenta.

5. Muitos pães possuem açúcar

Pouca gente sabe, mas muitos pães possuem açúcar em sua composição, o que, claro, pode ser prejudicial à saúde.

“O açúcar refinado não tem nenhum valor nutricional. Seu consumo eleva a glicemia rapidamente, aumentando a insulina e, consequentemente, o depósito de gordura no organismo. Além disso, ele está associado ao aumento de doenças inflamatórias, desequilíbrio da microflora intestinal, aumento da proliferação das bactérias e fungos no organismo”, destaca a nutricionista Paula Crook.

Como fazer a escolha de um “bom pão”?

Foto: Thinkstock

Conhecendo os malefícios que o consumo em excesso de pães pode oferecer, surge a dúvida: como escolher um “bom pão”?

Paula Crook destaca que um bom pão não deve apresentar farinha branca em sua composição. Esta é apresentada no rótulo dos alimentos como farinha de trigo enriquecida com ácido fólico. “Muitos pães denominados integrais apresentam muito mais farinha branca do que farinha integral. É importante observar os primeiros ingredientes presentes no rótulo dos alimentos, pois estes estão descritos do que estão em maior quantidade para os que estão em menor quantidade no produto. Ou seja, os primeiros ingredientes devem ser integrais (aveia, centeio, trigo integral, linhaça, etc)”, explica.

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Ainda de acordo com a nutricionista, além dos pães integrais, os sem glúten também são boas opções para um consumo rotativo. “Pois o ideal é variar o tipo de carboidrato a cada dia. O problema do glúten é o consumo diário em diversas refeições”, acrescenta.

Consumo adequado

Paula Crook explica que o ideal é não consumir o pão feito com farinha de trigo todos os dias, mesmo que esta seja do tipo integral. “É importante fazer um rodízio com outros tipos de carboidratos saudáveis”, diz.

A nutricionista Paula cita abaixo alguns exemplos de substitutos saudáveis para o pão:

  • Flocos de aveia
  • Flocos de quinoa
  • Flocos de amaranto
  • Tapioca com semente de chia na massa
  • Panqueca feita com farinha de quinoa ou de arroz integral
  • Batata doce
  • Inhame, entre outros.

Com todas essas dicas, fica mais fácil seguir uma alimentação mais saudável e não exagerar no consumo de pães – que, como foi mostrado, pode oferecer diversos malefícios à saúde caso seja consumido em excesso.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Jornalista formada em 2009 (58808/SP), redatora freelancer desde 2013, totalmente adepta ao home office. Comunicativa, sempre cheia de assuntos para conversar e inspiração para escrever. Responsável no trabalho e fora dele; dedicada aos compromissos e às pessoas com quem convive; apaixonada pela família, por cachorros, pelo lar, pelo mar, por momentos de tranquilidade e também de agito.