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Na mochila: 15 livros perfeitos para pensar a mulher na contemporaneidade

Dicas de Mulher

Escritora

Atualizado em 08.09.23
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“Os livros são objetos transcendentes”, já disse Caetano Veloso. Para além disso, eles divertem, ensinam, mudam a perspectiva que leitoras e leitores têm a respeito do mundo. São, assim, um dos caminhos para o futuro. Pensando nisso, segue uma seleção de 15 livros que todas as mulheres deveriam ler para se empoderar. Os títulos vão de teoria clássica do feminismo a obras de literatura focadas nas múltiplas formas de ser mulher na atualidade. Pronta para escolher sua próxima leitura?

1. Sejamos todos feministas – Chimamanda Ngozi Adichie

"A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."

- Chimamanda Ngozi Adichie

Esse pequeno livro é a transcrição de um discurso da escritora Chimamanda Ngozi Adichie no TEDx Euston, que tem mais de 1,5 milhão de visualizações e chegou a ser musicado pela Beyoncé.

No texto, a autora parte de sua experiência como mulher para refletir sobre o quanto ainda falta para a sociedade alcançar uma maior igualdade de gênero, tanto na Nigéria, seu país natal, como no mundo.

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2. Um teto todo seu – Virginia Woolf

"Uma mulher deve ter dinheiro e um teto todo seu, um espaço próprio, se quiser escrever ficção."

- Virgínia Woolf

Assim como Chimamanda, a princípio, Virginia Woolf também não pensou ‘Um teto todo seu’ como livro. Trata-se, na verdade, de uma palestra sobre o tema “Mulheres e ficção” que a autora realizou em 1928. Nela, Woolf investiga as condições das mulheres escritoras de sua época.

Virginia questiona o porquê não havia tantas mulheres publicadas quanto homens e reflete sobre as condições da época para que as mulheres se desenvolvessem no campo da arte. Woolf argumenta que, enquanto os homens podiam se fechar em seus escritórios para escrever, as mulheres tinham que lidar com distrações e atividades do lar ao mesmo tempo em que escreviam. Segundo a autora, a falta de um espaço dedicado à escrita e o gerenciamento do lar são alguns dos motivos pelos quais muitas artistas talentosas não conseguiram florescer em sua época.

3. Tudo sobre o amor: novas perspectivas – bell hooks

"Amor-próprio é a base de nossa prática amorosa. Sem ele, nossos outros esforços amorosos falham. Ao dar amor a nós mesmos, concedemos ao nosso ser interior a oportunidade de ter o amor incondicional que talvez tenhamos sempre desejado receber de outra pessoa."

- bell hooks

O que é o amor, afinal? Para bell hooks (o nome dela é escrito assim mesmo, com iniciais minúsculas), pulverizar seu significado e abordá-lo excessivamente no campo subjetivo deixa as pessoas cada vez mais distantes de entendê-lo.

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Assim, nesse livro, hooks mostra que, além de estar no espaço afetivo-sexual, o amor está em outras relações, como nas amizades, nas relações familiares, nas lutas cotidianas, nas vivências religiosas, etc. Para ela, o amor é político e, longe de ser um sinal de fraqueza ou irracionalidade, é uma força transformadora. Leitura totalmente recomendável para lidar com estes tempos de ódio.

4. O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres – Naomi Wolf

"A imagem insatisfatória que as mulheres têm de seu físico nos dias de hoje é muito menos consequência da concorrência entre os sexos do que das necessidades de mercado."

- Naomi Wolf

Originalmente publicado em 1991, esse livro se tornou um clássico da terceira onda feminista ao redefinir a visão a respeito de beleza e identidade feminina. Isso porque explora o quanto a não aceitação da própria imagem tem mais a ver com a pressão social de agradar a quem vê o corpo do que a quem o habita.

Wolf reflete ainda sobre a manutenção da dominação do corpo feminino, que precisa se manter dentro de um padrão – quase sempre inatingível – imposto de fora. Explora também a influência da pornografia na moda e na percepção das mulheres de seus próprios corpos, além de conectar a manutenção dos padrões de beleza ao mercado e à política, que buscam controlar e domesticar a mulher. Ou seja, ainda que a sociedade esteja mudando, a tendência tem sido o “mudar para que nada mude”. Essa é apenas uma das reflexões que faz essa leitura ser tão importante.

5. Mulheres, raça e classe – Angela Davis

"A história da opressão das mulheres negras é fundamental para entender a lógica da exploração do trabalho não remunerado, que muitas vezes é confundido com a 'natureza feminina' ou atribuído a uma maldição bíblica. A construção da feminilidade branca é inseparável da exploração do trabalho das mulheres negras."

- Angela Davis

Nenhum tipo de opressão pode ser realmente entendido sem que se observe suas nuances. A afirmação parece óbvia, mas nem sempre foi assim. Essa obra de Davis foi escrita justamente para analisar como a opressão de gênero, raça e classe se entrelaçam, criando uma opressão específica que é experimentada por mulheres negras. Nesse sentido, a autora expõe, de modo bastante claro e acessível, as maneiras pelas quais o racismo, o capitalismo e o sexismo perpetuam a desigualdade e a exclusão social.

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Ao começar o livro tratando da escravidão e da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada no decorrer dos séculos, percebe-se o quanto é impossível desconsiderar a questão racial ao pensar qualquer projeto de sociedade. A autora também destaca a necessidade de não hierarquizar as opressões, ou seja, é preciso sempre considerar a interseccionalidade entre raça, classe e gênero ao pensar um novo modelo de sociedade.

6. Quem tem medo do feminismo negro – Djamila Ribeiro

"Feminismo é um movimento político que luta pela igualdade de gênero e pela equidade das relações sociais entre homens e mulheres. Mas, é preciso lembrar que as experiências das mulheres não são iguais. O feminismo negro é a tentativa de nomear as opressões que as mulheres negras vivem, em um movimento que se propõe a ser mais inclusivo e a lutar contra todas as formas de desigualdade."

- Djamila Ribeiro

Assim como a obra anterior, este livro de Djamila Ribeiro observa as intersecções existentes entre raça, classe e gênero – porém, uma vez que tem caráter autobiográfico, fala mais da realidade do Brasil, e é isso que faz dele uma espécie de complemento ao livro de Angela Davis e uma importante obra para entender o feminismo negro no cenário nacional.

O livro é composto por um longo ensaio autobiográfico e uma seleção de artigos publicados no blog da revista Carta Capital entre 2014 e 2017. Em relação aos temas, aborda questões do cotidiano de mulheres negras no Brasil, como a intolerância às religiões de matriz africana e ataques a celebridades negras, entre elas, Maju e Serena Williams.

7. Os homens explicam tudo para mim – Rebecca Solnit

"Violência contra as mulheres é provavelmente a mais vergonhosa violação dos direitos humanos. Não conheço nenhum outro que afete tantas pessoas em todo o mundo, de maneiras tão terríveis e persistentes."

- Rebecca Solnit

Rebecca Solnit abre este ensaio autobiográfico contando um cômico episódio ocorrido em uma festa: um homem passou horas explicando por que ela deveria ler um determinado livro, sem se dar conta de que estava conversando com a própria autora. A partir desse evento, Rebecca explora o fenômeno machista do ‘mansplaining’, termo usado quando um homem assume saber mais do que uma mulher sobre algum assunto e insiste em explicar, mesmo quando ela tem mais conhecimento. O livro discute diferentes formas de violência contra a mulher, desde o silenciamento até a violência física, e apresenta uma visão corajosa e incisiva de machismos muitas vezes não tão evidentes em uma cultura patriarcal.

8. Feminismo para os 99%: um manifesto – Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser

"O feminismo deve lutar para transformar o mundo, e não apenas as mulheres que ocupam as camadas superiores da sociedade. Em vez de pedir mais mulheres no poder, devemos questionar a lógica do próprio poder."

- Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser

As organizadoras da Greve Internacional das Mulheres, Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser, defendem um feminismo que aborde questões como moradia inacessível, salários precários, saúde pública e mudanças climáticas. Apesar de normalmente não figurarem lutas do feminismo, esses temas afetam a maioria das mulheres em todo o mundo. Assim, o manifesto propõe um feminismo anticapitalista, antirracista, antiLGBTfóbico e que leve em consideração a perspectiva ecológica do bem viver. Em outras palavras, as autoras defendem um feminismo que vá além da representatividade das mulheres nos altos escalões corporativos e que priorize a luta pelos direitos das mulheres marginalizadas.

9. O segundo sexo – Simone de Beauvoir

"Não se nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, físico ou econômico define a figura que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é a civilização, enquanto elaboração cultural, que produz esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam como feminino."

- Simone de Beauvoir

Publicada em 1949, este é um dos textos fundamentais para o feminismo. Nele, a autora se debruça sobre a construção histórica e cultural da figura feminina, questionando as premissas biológicas que sustentam a suposta inferioridade da mulher em relação ao homem. A partir de uma perspectiva existencialista, Beauvoir analisa como a mulher é educada para ser passiva, objeto do desejo masculino, e como isso acaba por comprometer a liberdade e a subjetividade femininas.

Apesar de ter sido escrito há mais de sete décadas, “O segundo sexo” permanece atual e é uma leitura imprescindível para quem busca compreender as questões de gênero. Beauvoir realiza uma análise profunda da condição da mulher, assim, vai além do aspecto meramente biológico e se concentra nas relações sociais e culturais que moldam o papel da mulher na sociedade. É um livro importante não apenas para entender o passado, mas também para pensar sobre o presente e o futuro da luta feminista.

10. O ano em que disse sim: como dançar, ficar ao sol e ser a sua própria pessoa — Shonda Rhimes

O ano em que disse sim: como dançar, ficar ao sol e ser a sua própria pessoa — Shonda Rhimes

"Dizer sim significa que você precisa dar um passo à frente e encarar o medo. E isso significa ter coragem. Coragem não é ausência de medo, é saber que algo é mais importante que o medo. Coragem não é ausência de medo, é agir apesar do medo. Coragem é ter coração. Coragem é acreditar em si mesmo."

- Shonda Rhimes

Fugindo um pouco dos livros mais teóricos, “O ano em que disse sim”, de Shonda Rhimes, empodera por caminhos um pouco diferentes daqueles dos títulos anteriormente apresentados. A autora, que se considerava uma pessoa introvertida, conta sobre o ano em que decidiu dizer “sim” para todas as oportunidades que surgiam em sua vida.

O estopim para essa experiência de Shonda foi uma frase dita pela irmã: “Você nunca diz sim para nada”. Ouvir isso a fez aceitar o desafio de sair de sua zona de conforto e encarar o medo de se expor. Ao mergulhar de cabeça no “Ano do Sim”, Shonda transformou sua vida, passou por um intenso empoderamento e aprendeu a amar seu eu mais verdadeiro.

11. Extraordinárias: Mulheres que revolucionaram o Brasil – Duda Porto de Souza e Aryane Cararo

Extraordinárias: Mulheres que revolucionaram o Brasil – Duda Porto de Souza e Aryane Cararo

"Extraordinárias é um livro para todas as idades. É um livro para as crianças que precisam de modelos inspiradores e também para os adultos que desejam conhecer melhor a história do Brasil. É um livro para quem deseja conhecer e valorizar a luta das mulheres que, com coragem e determinação, fizeram história."

- Duda Porto de Souza e Aryane Cararo

Essa simpática obra, ideal para adultos e crianças, reúne 44 biografias de mulheres que fizeram história no Brasil, mas que muitas vezes são desconhecidas ou esquecidas pela sociedade. São histórias de mulheres indígenas, negras, lésbicas, trans, feministas e ativistas, que lutaram por direitos e transformações sociais importantes.

12. Uma autobiografia — Rita Lee

"A vida é o conjunto das coisas que se aprende, dos lugares que se frequenta, dos erros que se comete e das alegrias que se tem. Ela pode ser tanto um trator que passa por cima de você como uma orquestra que emociona, mas é sempre a nossa vida, e só depende de nós vivê-la da melhor forma possível."

- Rita Lee

Para se empoderar, nada como acompanhar os passos de outras mulheres empoderadas. É a partir dessa lógica que a indicação número 12 dessa lista é a autobiografia de Rita Lee, a rainha do rock brasileiro. Com o auxílio de um jornalista e estudioso da vida da artista, que complementa o texto com dados históricos e detalhes de bastidores, Rita fala sobre sua infância, os primeiros passos na vida artística, sua prisão em 1976, a relação apaixonada com Roberto de Carvalho, o nascimento dos filhos, a paixão pela música…

Como se não bastasse, a artista, sempre múltipla, fala ainda sobre algumas de suas preocupações mais importantes, como a luta contra o machismo, a homofobia e questões relacionadas ao meio ambiente. Tudo isso em um texto íntimo e cativante, que aproxima a leitora da figura irreverente e divertida de Rita Lee.

13. Garota, mulher, outras – Bernardine Evaristo

"elas se conheceram nos anos 80 num teste para um longa-metragem ambientado numa prisão feminina (o que mais?)
as duas estavam cansadas de ser colocadas em papéis como escrava, empregada, prostituta, babá ou criminosa
e ainda assim não conseguir o trabalho"

- Bernardine Evaristo

Esse livro é a melhor pedida para abrir a sessão literária desta lista. O romance venceu o Booker Prize em 2019, foi elogiado por Barack Obama, Roxane Gay, Ali Smith e Tom Stoppard, e apareceu nas listas de melhores livros do ano dos jornais The Guardian, Time, The Washington Post e The New Yorker.

Dialogando muito com as discussões do feminismo negro, a obra explora, a partir da conexão entre 12 personagens femininas negras, questões como raça, gênero, classe social, sexualidade e identidade de gênero. Cada personagem é apresentada como única e complexa, oferecendo à leitora a oportunidade de entender um pouco do que é ser uma mulher negra em uma sociedade patriarcal e racista.

14. A teta racional – Giovanna Madalosso

"Uma égua leva doze meses para gestar um filhote. Ao fim desse tempo, o filhote está pronto. Consegue andar, ir atrás da teta, se virar sozinho. A mulher não consegue levar a gestação até esse ponto porque, se levasse, o bebê cresceria demais e não conseguiria passar pelas ancas. Então, por uma questão física, a mulher precisa parir o filhote antes que ele esteja maduro. Resultado: nos primeiros meses de vida, o bebê depende da mãe pra tudo."

- Giovana Madalosso

Outra indicação literária que toda mulher deve ler para se empoderar é esse livro de contos da curitibana Giovana Madalosso. O feminino no mundo contemporâneo dá as caras em praticamente todos os contos do livro, com um tom frequentemente bem-humorado. A maternidade real surge especialmente em temas não muito explorados na literatura, como a ordenha durante a amamentação ou a dificuldade de amamentar nos primeiros dias após o parto. Gravidez, transexualidade, AIDS, amizade, os temas são diversos, mas compõem com muita clareza esse mosaico que representa o que é ser mulher na atualidade.

15. Um útero é do tamanho de um punho – Angélica Freitas

"eu durmo comigo/ deitada de bruços eu durmo comigo/ virada pra direita eu durmo comigo/ eu durmo comigo abraçada comigo/ não há noite tão longa em que não durma comigo/ como um trovador agarrado a um alaúde eu durmo comigo/ eu durmo comigo debaixo da noite estrelada/ eu durmo comigo enquanto os outros fazem aniversário/ eu durmo comigo às vezes de óculos/ e mesmo no escuro sei que estou dormindo comigo/ e quem quiser dormir comigo vai ter que dormir do lado."

- Angélica Freitas

Apesar de já ter mais de dez anos, o segundo livro de Angélica Freitas, “Um útero é do tamanho de um punho”, segue atual. O livro reúne poemas escritos em torno da mulher e do que é ser mulher em uma sociedade machista. Nesse sentido, a poeta subverte as imagens absolutamente gastas do que se espera do gênero feminino e nos apresenta outras possibilidades, nos faz pensar corpo, empoderamento, individualidade e desejo, tudo isso com sagacidade e senso de humor aguçado.

Bônus: A mulher que ri – Thays Pretti

"Lembrasse antes quanto tempo gastaria na beira do fogão mexendo o doce de abóbora e Maria talvez nem tivesse começado. Mas não é assim que funciona, a coisa vem de trás pra frente: primeiro o gosto no fundo da lembrança, na garganta, daí a saliva na língua. Depois, o cheiro de algo que nem recordava parece que está aqui, dentro das narinas. Os ingredientes, todos comprados, a panela na mão. Só na hora de mexer o doce é que a gente lembra, com esse misto de cansaço e tristeza, que o doce é feito de mexer o doce. É feito do braço girando, girando, o outro braço solto escorado na anca, o peso do corpo passando da perna de cá pra de lá."

- Thays Pretti

Para encerrar a lista, há ainda a recomendação do livro de contos desta redatora que vos escreve. “A mulher que ri” é uma coletânea com 18 contos protagonizados por mulheres bastante diferentes umas das outras, mas todas elas passando por momentos que poderiam ser definidos como “agridoces”, ou seja, momentos (geralmente decisivos) em que dor e prazer, tristeza e alegria se misturam. As experiências com as quais as personagens se deparam exigem delas atitudes que nem sempre estavam preparadas para tomar. Algumas agem, outras se retraem – como na vida real. Independentemente de suas ações, todas elas saem diferentes da experiência.

O espaço da mulher na literatura está mais consolidado, e há muitas escritoras que o público feminino pode ler para se identificar, se compreender e se empoderar, mas a luta não para aí. É importante ter cada vez mais mulheres escrevendo e garantindo a representatividade na literatura. Ao mesmo tempo, também é importante ler livros LGBTQIA+ e consumir a arte produzida por grupos marginalizados, pois, assim, aumentamos o repertório cultural e estimulamos a empatia por meio da diversidade! Mais do que um fim, o empoderamento feminino é um caminho. Que tal começar sua jornada com um livro?

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Escritora, autora de "A mulher que ri", "Efêmeras" e "Do Silêncio". Apaixonada por Clarice Lispector, clubes de leitura e pessoas. Gosta de listar coisas de três em três.