Bem-estar

Corrimento amarelado: conheça as causas e tratamentos

Alterações na cor ou cheiro da secreção vaginal podem indicar infecções. Fique de olho!

Atualizado em 19.05.23

Foto: Thinkstock

Corrimento vaginal é um problema que incomoda muitas mulheres. Trata-se do nome popular para o aumento da secreção vaginal, que pode ou não ser o indício de um problema ginecológico.

Primeiro, é preciso ter em mente que nem todo fluxo vaginal implica em uma doença. A secreção fisiológica é normal e pode variar de acordo com as influências hormonais, período do ciclo menstrual, orgânicas e até psicológicas. As glândulas do colo do útero produzem um muco transparente, fluido e sem cheiro, e estas secreções podem se tornar brancas ou amareladas em contato com o ar.

Mas, se você percebeu alguma alteração na cor da secreção normal, este pode ser o indício de um problema ginecológico. Quando algum fator está em desequilíbrio, é comum ocorrerem processos inflamatórios, e o corrimento indica que há um processo infeccioso no local.

Em geral, o corrimento vaginal amarelado aparece associado a outros sintomas, como coceira, ardor e sensação de desconforto. Se você perceber alguma alteração ou a presença destes sintomas, é importante procurar ajuda médica.

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Causas do corrimento

A Dra. Alessandra Bedin, do Hospital Albert Einstein explica que, se o corrimento for fisiológico (no período pré-menstrual, gravidez, clima quente), a secreção nada mais é do que uma defesa natural do organismo, por isso não precisa de tratamento.

Há ainda a possibilidade de um trauma local (após a relação sexual, por exemplo). Neste caso, a necessidade de tratamento varia de acordo com o caso. Como cada situação é particular, é imprescindível consultar um médico ginecologista sempre que perceber qualquer alteração, seja na cor, cheiro ou fluxo de secreção vaginal.

Se o problema for realmente patológico, várias podem ser as causas: transmissão através da relação sexual, baixa imunidade, roupas apertadas e falta de ventilação no local, entre outros fatores.

Problemas mais comuns

No caso do corrimento amarelado, entre os problemas mais comuns estão a vaginose bacteriana. Trata-se de um desequilíbrio na flora vaginal normal, com diminuição na concentração de lactobacilos e predomínio de uma espécie de bactéria sobre as outras. O problema nem sempre apresenta sintomas, mas em geral é caracterizado por corrimento vaginal amarelado, branco ou cinza com odor desagradável, ardência ao urinar e coceira. Não se trata de uma infecção de transmissão sexual, mas pode ser desencadeada após a relação em mulheres predispostas.

Outra causa bastante comum do corrimento amarelado é a Tricomoníase, uma infecção causada por um protozoário que tem o ser humano como único hospedeiro. Nos homens, o problema costuma ser assintomático, enquanto nas mulheres geralmente causa corrimento abundante amarelo ou amarelo-esverdeado, com odor desagradável. São comuns também sintomas inflamatórios na vagina, como vermelhidão e ardência. Sua transmissão acontece através da relação sexual desprotegida.

Por fim, a candidíase vulvovaginal é outro problema bastante comum que pode apresentar corrimento amarelado ou esbranquiçado. A doença é uma infecção genital causada pelo aumento de um fungo que faz parte da flora normal da região íntima feminina. Os sintomas geralmente aparecem quando a imunidade baixa e, além do corrimento, entre os sintomas estão o coceira intensa, ardência e irritação dos órgãos genitais.

Como evitar o problema

A Dra. Alessandra dá algumas dicas de como evitar o problema:

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  • Evite roupas muito justas e grossas no calor.
  • Dê preferência às calcinhas de algodão em vez das de tecido sintético.
  • Durma sem calcinha.
  • Evite usar muito sabonete no local.
  • Não faça duchas vaginais.
  • E o mais importante: sempre use camisinha.

Tratamento

Se, mesmo com as medidas preventivas o corrimento amarelado aparecer, consulte seu médico. Como o problema pode surgir por diferentes motivos, é impossível precisar o tratamento adequado sem um diagnóstico médico.

Entre as formas mais comuns de tratamento estão medicações orais, cremes e pomadas antifúngicos e antibióticos. As doses e remédios são específicos para cada tipo de problema.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.